Lutador alega ter dado um soco em jovem durante bloco de carnaval e que imagens de câmeras vão desmentir espancamento
Pai e filho foram à Delegacia de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para prestar depoimento — Foto: Reprodução/ TV Globo
O pai e filho que são lutadores de MMA e apontados como suspeitos de agredirem um rapaz de 18 anos em um bloco de carnaval em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, afirmam que a briga começou após o jovem chamar os dois de “macacos”. Eles disseram também que o atleta mais jovem desferiu apenas um soco, que fez com que Renato de Araújo Sardinha Filho caísse no chão e foi socorrido por eles. Os dois prestaram depoimento na 35ª DP (Campo Grande) nesta sexta-feira (24).
Em entrevista a uma página de notícias sobre Campo Grande no Instagram, na noite da última quinta (23), Luís Alberto Nogueira, o Betão, negou que tenha golpeado Renato, que está internado. Ele afirmou também que imagens de câmeras de segurança vão provar a versão dele e do filho, Paulo Roberto Nogueira, o PL.
“Passamos no meio do tumulto e esse rapaz esbarrou comigo. Aí, eu falei: ‘Cara, o que é isso? Qual foi?’ E ele: ‘Qual foi, ô macaco fedorento da p****?’ E eu: ‘O que é isso? Por que está falando assim comigo?’ Nisso meu filho já entrou e discutiram. E ele vai com o copo, com a mão, em direção ao meu filho, para empurrar ou dar um soco, não sei o que foi. E dar um soco foi a reação que o meu filho teve”, disse Luís Alberto.
Ele contou que o rapaz deu o soco e depois socorreu Renato.
“Nisso, ele caiu na hora e eu vejo que ele caiu com o rosto no chão, e deve ter ralado ou acontecido coisa pior. E nisso o meu filho já foi para cima dele para ajudar, virar de lado. Porque viu que desmaiou. Nós não somos covardes. As pessoas estão falando que chutamos o garoto. Nunca faríamos isso. A polícia vai atrás das câmeras”, completou o lutador.
Luís Alberto afirmou ainda que ele e a família receberam ameaças por conta das acusações de que ele e o filho teriam agredido Renato em uma celebração na Quarta-feira de Cinzas (22).
“Vamos provar. Espero que consigam os vídeos, a polícia com certeza vai atrás dos vídeos. Vamos provar que eu não fiz nada. Estão botando o meu nome. Eu não encostei nesse garoto. Como se tivesse sido eu que agredi o garoto, eu que bati, chutei. Eu não fiz nada”, afirmou.
Em depoimento, ele confirmou a versão aos policiais civis.
Paulo Roberto confirmou a versão do pai e insistiu que prestou socorro ao jovem.
“O recado que eu tenho para falar é que ele errou também em vir para cima e a minha reação foi me defender. E, mesmo assim, eu peço desculpas. A minha intenção não era que acontecesse o que aconteceu com ele. Mesmo assim eu prestei socorro”, disse Paulo Roberto.
2 de 3 Renato ficou com vários ferimentos no rosto e em outras partes do corpo — Foto: Arquivo pessoalRenato ficou com vários ferimentos no rosto e em outras partes do corpo — Foto: Arquivo pessoal
O advogado Gustavo Racca, que representa pai e filho, destaca que acredita nas investigações da Polícia Civil e que vai solicitar as câmeras de segurança da região para provar a versão dos clientes.
Luís Alberto completou dizendo que sempre ensina aos alunos que não é correto usar o esporte como forma de ameaçar ou para agredir pessoas nas ruas.
“Eu ensino para os meus alunos que esse negócio de agressão nas ruas não pode acontecer. Eu sou contra isso. Eu espero que, se a família quiser conversar comigo algum dia, eu espero poder ajudar, conversar com eles. Porque eu estou fora de qualquer tipo de violência. Porque a luta não é violência, é um esporte. MMA é um esporte”, contou.
3 de 3 Pai e filho prestam depoimento nesta sexta-feira (24) sobre agressão contra jovem — Foto: Reprodução/ TV Globo
Pai e filho prestam depoimento nesta sexta-feira (24) sobre agressão contra jovem — Foto: Reprodução/ TV Globo
A mãe de Renato, Aline Cristina Bastos de Siqueira, de 43 anos, que trabalha como consultora de vendas, conta que tomou um susto ao saber que o filho tinha sido agredido.
"O meu filho estava em um bloco de carnaval, em Campo Grande, junto com outros dois amigos. Esses caras, estavam andando, e o pai esbarrou no meu filho. Ele perguntou se o meu filho queria tomar uma porrada. Ele foi pra cima do meu filho e deu uma rasteira. Em seguida, o filho dele deu um soco por trás do meu filho, que caiu desmaiado. Meu filho no chão e eles continuaram espancando meu filho, que estava desacordado. Ninguém fez nada. Recebi uma ligação, fui até lá e meu filho estava todo machucado", disse a mãe do jovem.
Segundo testemunhas, os dois lutadores de MMA, teriam socado e depois chutado o rapaz, mesmo depois dele ter caído no chão.
O caso foi registrado como tentativa de homicídio. Renato está internado com traumatismo craniano no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande.
"Meu filho está internado com uma parte do rosto desfigurada. A cabeça está sangrando. O médico disse que está avaliando se ele terá que passar por uma cirurgia ou se eles conseguiram conter o sangramento com remédios".
Segundo a mãe, o rapaz nunca se envolveu em brigas. "Ele estava curtindo o carnaval com os amigos. O que eles fizeram com o meu filho é crime. O meu filho foi agredido covardemente e não teve chances de defesa. Eles são lutadores. Eles quase mataram o meu filho. São covardes", desabafou Aline.
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