Em encontro com Xi Jinping, Lula trabalhará para que China integre 'clube da paz'

Lula e Xi Jinping — Foto: AP e Reuters 1 de 1 Lula e Xi Jinping — Foto: AP e Reuters

Lula e Xi Jinping — Foto: AP e Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já prepara as principais etapas de sua viagem à China no fim do março. Entre elas, o encontro que terá com o presidente da China, Xi Jinping, no dia 28 de março. Depois da ida à Casa Branca e o encontro com Joe Biden, Lula quer mostrar a Xi Jinping que o Brasil terá equilíbrio na agenda internacional. Mas o presidente terá consigo uma missão que vai além das questões da política brasileira.

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Fontes do Itamaraty revelaram que Lula pretende tentar convencer o presidente chinês a integrar o grupo de países com o objetivo de negociar o fim da guerra na Ucrânia. O grupo recebeu o apelido de “clube da paz”, e já teve proposta de integração apresentada ao presidente norte-americano Joe Biden, durante visita de Lula a Washington, e ao chanceler alemão Olaf Scholz, além da ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna.

Apesar de a China não ter votado na última quinta-feira (23) a favor da resolução que condena a invasão da Ucrânia pela Rússia e exige a retirada das tropas de Moscou do país no Leste Europeu, o governo chinês publicou nesta sexta-feira (24), dia de aniversário de um ano da guerra, um documento que pede um cessar-fogo na região. São, ao todo, 12 pontos com esforços de Pequim para se apresentar como um mediador de paz neutro.

O documento foi bem-visto por interlocutores do ministério das Relações Exteriores, que tem a certeza de que é preciso ter o apoio da China para que a carga pela paz aconteça efetivamente. “Um apoio do governo chinês é fundamental. Sem a China, essa questão não se resolve”, contou uma fonte.

Também na quinta-feira, o vice-ministro russo do Exterior, Mikhail Galuzin disse que a Rússia avalia uma proposta para promover a paz na Ucrânia feita pelo presidente Lula, ainda que levando em conta as condições nas frentes de batalha.

No dia 30 de março, está prevista uma agenda de Lula em Xangai, especialmente voltada para empresários. A expectativa é de que quase 100 empresários brasileiros, de diferentes setores, se juntem a Lula na viagem. A China é a maior parceira comercial do Brasil e a expectativa é de que um grupo relevante de ministros acompanhem Lula, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Mas não só ministros devem estar com Lula na viagem. A ex-presidente Dilma Rousseff também deve fazer parte da comitiva que vai à China. Segundo fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto, o nome de Dilma deve ser posto e reforçado para a presidência do banco dos Brics, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O Chanceler brasileiro, Mauro Vieira, vai se reunir com o chanceler da China na reunião do G20, que acontece na semana que vem na Índia. O encontro vai preparar terreno para a visita de Lula.

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