Soldados ucranianos reciclam material bélico abandonado após ataques russos

Um tanque BMP 2 russo recuperado e reparado pela 92ª Brigada, na região de Kupyansk. — Foto: Boris Vichith/RFI 1 de 1 Um tanque BMP 2 russo recuperado e reparado pela 92ª Brigada, na região de Kupyansk. — Foto: Boris Vichith/RFI

Um tanque BMP 2 russo recuperado e reparado pela 92ª Brigada, na região de Kupyansk. — Foto: Boris Vichith/RFI

Enquanto aguardam os equipamentos prometidos pelo Ocidente, os soldados ucranianos tentam recuperar o que podem para enfrentar o inimigo. A reportagem da RFI acompanhou o trabalho em uma unidade de infantaria na região de Kupyansk, no nordeste da Ucrânia. Os militares contam que o uso de drones aumentou no campo de batalha.

Em seu celular, Oleksandr mostra fotos de uma das capturas de que mais se orgulha: veículos marcados com a letra "Z" e munição abandonada pelos russos durante sua retirada.

Há dois meses, ele encontrou um estoque de foguetes Grad: “Achei isso em um bosque, onde os russos guardavam seus foguetes. Retornaremos ao remetente", ironiza. "Eles os trouxeram até aqui para mandá-los em cima de nós, mas não tiveram tempo, porque tiveram de fugir rapidamente. Agora que os encontramos, vamos devolvê-los”, afirma.

Diante da falta de armamentos em sua unidade, Oleksandr segue atento, mas as oportunidades de encontrar equipamentos russos são bastante raras. “Avistamos um veículo, mas está quase na linha do front. Temos de empurrá-los [os russos] um pouco para trás, primeiro, e depois podemos recuperá-lo”, conta o soldado sobre a melhor estratégia a seguir.

Um veículo de combate blindado russo também foi restaurado para funcionar. Enquanto aguardam o registro oficial do veículo, os militares o mantém afastado da frente de batalha.

1 de 9 25 de fevereiro de 2022- Natali Sevriukova chora em frente ao prédio onde morava após um ataque com foguete em Kyiv, na Ucrânia — Foto: Emilio Morenatti/AP 2 de 9 A expressão de Natalia Rudneva, ferida após bombardeio noturno em Kramatorsk, leste da Ucrânia — Foto: Andriy Andriyenko/AP 3 de 9 9 de março - Corpos são jogados em uma vala comum nos arredores de Mariupol, na Ucrânia. Bombardeios russos impediam a realização de enterros. — Foto: Evgeniy Maloletka/AP 4 de 9 Nadiya Trubchaninova, 70, chora enquanto segura a cruz sobre o túmulo de seu filho Vadym, 48, morto por soldados russos em 30 de março de 2022 em Bucha, na Ucrânia. — Foto: Rodrigo Abd/AP 5 de 9 Soldados carregam corpo de morto em ataque a estação de trem em Kramatorsk, na Ucrânia — Foto: FADEL SENNA / AFP 6 de 9 Pessoas ao lado de uma casa e carro danificados por um ataque de míssil em Kiev, na Ucrânia — Foto: Reuters/Valentyn Ogirenko 7 de 9 Uma câmera no painel de um veículo capturou o momento em uma explosão atingiu a cidade de Dnipro, na Ucrânia — Foto: Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia/Reprodução 8 de 9 Mulher fica ferida em explosão de edifício durante ofensiva militar russa em Chuguiv, no leste da Ucrânia, na manhã desta quinta (24) — Foto: Wolfgang Schwam/Anadolu Agency via Getty Images 9 de 9 7 de março - Pai coloca a mão na janela de vagão de trem enquanto se despede de sua filha na estação ferroviária central de Odessa, durante a guerra entre Rússia e Ucrânia — Foto: Bulent Kilic/AFP

A guerra de drones começou nas primeiras semanas da invasão russa da Ucrânia. Disponíveis em grande número e a baixo custo, esses dispositivos de todos os tipos viraram o combate de cabeça para baixo.

Entre esses equipamentos está o drone de combate TB2, produzido na Turquia. Armado com quatro mísseis, ele provou ser tão eficiente que foi apelidado de "kalashnikov" do céu.

De acordo com especialistas em armas, como os americanos se recusaram a exportar a sua família de drones de última geração, modelos de drones mais baratos vieram preencher essa lacuna no mercado de máquinas de média altitude de longa duração.

Na Ucrânia, o TB2 Bayraktar mudou a guerra por ser fácil de usar e representar uma ameaça constante para o adversário. O TB2 é apenas um exemplo, já que em termos de drones, as forças ucranianas têm se mostrado muito inventivas. Kiev converteu massivamente drones comerciais em drones de combate, como o Dji Magic, fabricado na China. Dotado de ótica de boa qualidade, este pequeno aparelho permite à artilharia encontrar alvos e ajustar os disparos. Facilmente modificado, também pode carregar uma granada de fuzil.

O acesso a um sinal de boa qualidade, como a rede de satélites Starlink, também permite que esses drones tenham desempenho próximo aos padrões militares. Uma verdadeira revolução no campo de combate.

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