Garupa morre, e motociclista é internado após queda de moto em barranco de 10 metros durante perseguição da PM em SP
O garupa Jhonathan morreu após a moto pilotada por Thiago cair num barranco durante perseguição da PM; o piloto sobreviveu — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Um homem que estava na garupa de uma moto morreu, e o motociclista está internado em estado grave após caírem num barranco de aproximadamente 10 metros de altura durante fuga e perseguição da 💥️Polícia Militar (PM), na última segunda-feira (27), na Zona Sul de São Paulo.
As informações são do boletim de ocorrência do caso, registrado no💥️ 26º Distrito Policial (DP), Sacomã, como homicídio culposo (sem intenção) na direção de veículo automotor e desobediência. E também de parentes dos dois jovens ouvidos pelo 💥️g1.
O garupa da motocicleta, 💥️Jhonathan Santiago Rodrigues, tinha 20 anos e morreu no local. O piloto, 💥️Thiago Guilherme Alvarenga, de 22, foi socorrido e levado para o 💥️Hospital Heliópolis, onde estava internado até a última atualização desta reportagem.
Segundo familiares, Thiago está em coma induzido. Ele foi baleado no rosto.
A família de Thiago procurou a Corregedoria da Polícia Militar para apurar a conduta dos agentes que perseguiram seu irmão e Jhonathan. "Acho que os PMs atiraram no meu irmão, ele perdeu o controle da moto e caiu com o amigo no barranco", disse Felipe.
Parentes e amigos de Thiago e Jhonathan também fizeram um protesto na região para pedir esclarecimentos das autoridades sobre o que aconteceu com os dois amigos. Eles não tinham habilitação para pilotar motos e também não possuíam passagens criminais anteriores, segundo amigos.
Informações e depoimentos sobre o tiro em Thiago não constam, porém, no registro policial do caso feito na delegacia. Apesar disso, médicos do hospital apontam que o piloto da moto tem dois ferimentos compatíveis com entrada e saída de um tiro: "Apresenta uma lesão na boca que supostamente pode ter sido provocada por disparo de arma de fogo".
Contudo, no mesmo relato no boletim de ocorrência, a médica alega que não é possível confirmar se a lesão foi causada por disparo de arma de fogo, já que ele despencou de um barranco.
De acordo com os policiais, a dupla só foi abordada pela PM por que estava transitando sem capacetes. A motocicleta usada por eles era uma 💥️Honda vermelha, 160 cilindradas, ano 2023, que era emprestada de um amigo e estaria sem placa.
Ainda segundo os agentes, o piloto não obedeceu a ordem de parada. Familiares suspeitam que os dois não pararam por não terem habilitação e estarem sem capacetes.
Os PMs contaram que perseguiram os dois numa viatura da corporação até a 💥️Rua Liege, na Vila Vermelha, que é uma via sem saída. Disseram ainda que pararam o carro da polícia, pois conhecem a região e sabiam que havia um barranco no local.
Mas contaram que a moto, que estava à frente da viatura da PM, seguiu em alta velocidade, talvez sem saber que havia um barranco perto. E despencou "de uma altura de mais ou menos 10 metros". Jhonatham morreu na hora. Thiago foi levado ao hospital, onde deverá passar por cirurgia no rosto e num dos ombros.
Ainda segundo o registro policial, um tenente da PM verificou as câmeras usadas pelos agentes em seus uniformes na ocorrência e constatou que "não foi identificado nenhum disparo realizado por eles". Nenhuma arma foi apreendida com os amigos.
Procurada pelo 💥️g1 para comentar o assunto, a 💥️Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que instaurou inquérito para apurar "todas as circunstâncias dos fatos". "Foram solicitados exames periciais e, tão logo os laudos forem concluídos, serão analisados pela autoridade policial. Outros detalhes serão preservados em razão do sigilo da investigação", diz a secretaria, em nota.
De acordo com posicionamento enviado pela Polícia Militar, os PMs teriam visto o garupa da moto apontar uma arma para cima, o que teria motivado a abordagem e perseguição até a Rua Liége. "Sem qualquer intervenção da equipe policial militar, os indivíduos caíram à margem da Rodovia Anchieta e se lesionaram gravemente., diz nota da corporação.
A PM afirma que as câmeras dos uniformes dos policiais gravaram a perseguição, "não restando dúvida de que não há qualquer participação da equipe policial militar no desfecho da ocorrência" e que "não foi efetuado qualquer disparo de arma de fogo ou fora promovida qualquer colisão com a moto".
Sobre o indício apontado pela equipe médica de que Thiago teria levado um tiro, a corporação afirma que recebeu a informação do pai do homem ainda no hospital, mas que a equipe médica não repassou a informação aos policiais presentes na unidade.
Por não haver indício de crime militar cometido neste caso, a corporação PM não abriu inquérito para investigar a conduta dos policiais, nem apreendeu as armas usadas na ocorrência, conforme informam em nota.
Os PMs seguem em trabalho de rua enquanto o caso é investigado no 26º DP como homicídio culposo (sem intenção) na direção de veículo automotor e desobediência.
O caso é acompanhado pela 💥️Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio.
2 de 2 Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio acompanha o caso — Foto: Divulgação/Rede de Proteção e Resistência Contra o GenocídioRede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio acompanha o caso — Foto: Divulgação/Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio
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