Reino Unido impedirá que aqueles que chegam ilegalmente permaneçam
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, caminha em Downing Street, em Londres, Grã-Bretanha, em 1º de março de 2023 — Foto: REUTERS/Peter Nicholls
Qualquer pessoa que chegue ilegalmente ao Reino Unido será impedida de permanecer, disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em entrevista publicada neste domingo (5), antes da nova legislação que deve ser estabelecida na próxima semana.
O premiê está sob pressão de seus próprios parlamentares para encontrar uma solução para o fluxo de imigrantes que chegam ao Reino Unido pelo canal da Europa.
De acordo com a prática atual, os requerentes de asilo que chegam ao Reino Unido muitas vezes podem permanecer no país para que seus casos sejam ouvidos.
Uma nova lei para resolver o problema deve ser definida na terça-feira, informou o jornal, depois que mais de 45.000 pessoas fizeram a perigosa travessia no ano passado. Os pedidos de asilo no Reino Unido estão abaixo da média da União Europeia, mostram dados oficiais.
No ano passado, o ex-primeiro-ministro Boris Johnson fechou um acordo para enviar dezenas de milhares de imigrantes, muitos deles vindos do Afeganistão, Síria ou outros países em guerra, para Ruanda.
A decisão enfrentou uma batalha legal depois que o primeiro voo de deportação planejado foi bloqueado por uma liminar de última hora concedida pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Foi considerado legal pela Suprema Corte de Londres em dezembro, mas os oponentes estão tentando apelar desse veredicto.
Questionado na Sky News se aqueles que chegam ao Reino Unido ilegalmente seriam proibidos de pedir asilo, o ministro do governo, Chris Heaton-Harris, disse: "Acredito que sim."
O Mail on Sunday informou que, sob a nova lei, os pedidos de asilo daqueles que chegam em pequenos barcos seriam considerados inadmissíveis e eles seriam removidos e permanentemente proibidos de retornar.
"Nossas leis serão simples em sua intenção e prática - a única rota para o Reino Unido será uma rota segura e legal", disse a ministra do Interior, Suella Braverman, ao jornal Sun on Sunday.
Heaton-Harris disse acreditar que rotas mais seguras e legais seriam disponibilizadas como parte do plano.
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