Justiça adia pela 5ª vez julgamento de acusados de roubar, matar e queimar família no ABC em 2023; cinco réus vão a júri em junh

Anaflávia Gonçalves, Carina Ramos de Abreu, Juliano e Jonathan Ramos e Guilherme Silva, acusados de matar família no ABC — Foto: Reprodução/Redes sociais e arquivo pessoal 1 de 1 Anaflávia Gonçalves, Carina Ramos de Abreu, Juliano e Jonathan Ramos e Guilherme Silva, acusados de matar família no ABC — Foto: Reprodução/Redes sociais e arquivo pessoal

Anaflávia Gonçalves, Carina Ramos de Abreu, Juliano e Jonathan Ramos e Guilherme Silva, acusados de matar família no ABC — Foto: Reprodução/Redes sociais e arquivo pessoal

A Justiça adiou pela quinta vez o julgamento dos acusados de roubar, matar e queimar uma família em janeiro de 2023 no ABC Paulista. Quatro dos réus iriam a júri popular nesta segunda-feira (6) no Fórum de Santo André, e o quinto seria julgado em 12 de junho.

Na semana passada, a Justiça decidiu julgar todos os acusados juntos a partir das 10h de 12 de junho. O processo, que estava desmembrado, foi reunificado a pedido das defesas dos réus.

Os acusados respondem presos pelos assassinatos de um casal e seu filho: os empresários 💥️Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, e 💥️Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, e o estudante💥💥️Juan Victor Gonçalves, de 15.

O caso repercutiu à época: a filha das vítimas e sua então namorada estão envolvidas nos crimes, segundo a acusação feita pelo Ministério Público (MP). Além delas, mais três homens são acusados.

Estão detidos preventivamente nas penitenciárias de Tremembé, no interior paulista: a filha do casal e irmã do garoto, 💥️Anaflávia Martins Gonçalves, e a então namorada dela, 💥️Carina Ramos de Abreu. Também continuam presos os irmãos 💥️Juliano Oliveira Ramos Júnior e 💥️Jonathan Fagundes Ramos, que💥são primos de Carina. O quinto preso é 💥️Guilherme Ramos da Silva, vizinho dos irmãos Ramos.

Vídeos de câmeras de segurança gravaram os cinco réus entrando e saindo da residência onde o casal e seu filho moravam, num condomínio fechado de casas em Santo André. Os três foram mortos no local em 27 de janeiro de 2023. Acabaram assassinados com golpes na cabeça durante um assalto na residência deles.

Os corpos só foram encontrados no dia seguinte, em 28 de janeiro daquele ano. Estavam carbonizados, dentro do carro família, numa área de mata em São Bernardo do Campo, município vizinho a Santo André.

Todos os acusados respondem por roubo, homicídio doloso qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas), ocultação de cadáver e associação criminosa.

Os quatro adiamentos anteriores do júri:

O juiz 💥️Lucas Tambor Bueno irá conduzir o julgamento dos acusados. Caberá a ele dar a sentença após a votação dos jurados. Sete pessoas serão escolhidas pela acusação e pela defesa para compor o júri. Elas votarão ao final se absolvem ou condenam os réus ou parte deles. Se houver condenação, ele também aplicará as eventuais penas pelos crimes.

Romuyuki, Flaviana e Juan foram encontrados carbonizados no ABC — Foto: Reprodução/TV Globo 2 de 1 Romuyuki, Flaviana e Juan foram encontrados carbonizados no ABC — Foto: Reprodução/TV Globo

Romuyuki, Flaviana e Juan foram encontrados carbonizados no ABC — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo a acusação feita pelo Ministério Público, três homens armados (Juliano, Jonathan e Guilherme) entraram no imóvel com a ajuda da filha do casal, Anaflávia, e da então namorada dela, Carina. Os cinco queriam roubar R$ 85 mil que estariam num cofre, mas como não encontraram o dinheiro, decidiram levar pertences das vítimas e matá-las.

Os cinco réus foram presos durante as investigações da Polícia Civil. Câmeras de segurança gravaram a entrada da quadrilha na residência das vítimas💥.

Além disso, os investigados confessaram envolvimento no assalto e acabaram indiciados por quatro crimes: roubo, assassinato, ocultação de cadáver e associação criminosa. No entanto, em relatos durante a reconstituição do caso, eles divergiram sobre quem matou a família e colocou fogo no carro.

Anaflávia e Carina acusam Juliano e Jonathan de matar a família e explodir o veículo em que as vítimas estavam.

Juliano e Jonathan, por sua vez, acusam a prima Carina de matar os empresários e o adolescente e, depois, queimá-los.

Guilherme, vizinho dos irmãos Ramos, acusa Juliano de querer assassinar o casal e o filho. Guilherme teria participado mais diretamente do roubo, e não dos assassinatos, segundo sua defesa.

O advogado 💥️Leonardo José Gomes, que defende Anaflávia e Guilherme, disse ao💥️ g1 que sua cliente sofreu "gaslighting", um tipo de violência psicológica. Segundo a defesa da ré, Anaflávia é vítima da então namorada Carina, que manipulava Anaflávia psicologicamente e a forçou a participar do crime.

Leonardo pediu à Justiça a realização de um exame, chamado de incidente de insanidade mental. O juiz autorizou o teste, e o 💥️Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc) deve realizá-lo em abril deste ano.

Sobre Guilherme, vizinho dos irmãos Ramos, o advogado já havia dito outras vezes que ele acusa Juliano de querer assassinar o casal e o filho. E que seu cliente teria participado mais diretamente do roubo, e não dos assassinatos.

"Guilherme foi chamado para o roubo, e que em um momento de necessidade aceitou. Mas que em nenhum momento tinha conhecimento que ocorreriam as mortes, e que portanto nem sabia se era plano da Carina ou não", afirmou o advogado.

💥️Fabio Costa, advogado de Carina, foi procurado pelo 💥️g1, mas não comentou o assunto. Em outras ocasiões, ele afirmou que sua cliente "não tem nenhum envolvimento com as mortes. O plano dela com a Anaflávia era roubar dinheiro que supostamente teria no cofre".

💥️Alessandra Jirardi, advogada dos irmãos Juliano e Jonathan Ramos, negou que seus clientes tenham assassinado a família no ABC. Segundo ela, eles confessaram o roubo, mas os homicídios foram cometidos pelas então namoradas.

"Que os jurados tenham serenidade e tranquilidade para julgar a causa, que os acusados sejam condenados a penas justas", afirmou a promotora 💥️Manuela Schreiber, representante do MP, responsável por acusar os réus.

"Decepcionante. Humilhante. Eu não vou sair desse luto nunca. As pessoas não têm empatia, não sentem a minha dor. Acham que é tudo brincadeira, é tudo banal. É humilhante, 6 de março [de 2023, a nova data do júri dos réus]", disse 💥️Vera Lúcia Chagas Conceição, mãe de Flaviana, uma das vítimas, e avó de Anaflávia, uma das rés. "Olha, o circo tá armado, só falta o nariz de palhaço."

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