Dólar fecha em queda, com juros dos EUA no radar
Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons
O dólar fechou a sessão desta quarta-feira (8) em queda. As atenções seguem voltadas aos recentes sinais dados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), de que deve intensificar os aumentos de juros nos Estados Unidos.
A moeda norte-americana fechou em queda de 1,04%, cotada a R$ 5,1391. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,50%, cotada a R$ 5,1932. 💥️Com o resultado, a moeda passou a acumular perdas de 1,64% no mês e de 2,63% no ano.
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O foco do mercado mais uma vez está voltado para o cenário de juros nos Estados Unidos, conforme dados econômicos do país reforçam a perspectiva que o Fed deve continuar elevando as taxas de juros para tentar conter a inflação na maior economia do mundo.
Ontem, o presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, afirmou que a autarquia pode revisar o ponto final de parada do aumento de juros no país.
O discurso aumentou a percepção de que o Fed poderá elevar sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião, e não em 0,25 p.p.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.
"Acreditamos que esse aperto acumulado levará a um crescimento mais lento e, finalmente, a recessões cíclicas nos EUA, Europa e Reino Unido ainda este ano ou no próximo."
Ainda nos EUA, investidores também repercutiram dados de abertura de vagas referentes a janeiro e a divulgação do Livro Bege do Fed - relatório que reúne visões dos contatos do BC norte-americano em cada um dos doze distritos dos EUA. O documento apontou que a economia do país cresceu e que o mercado de trabalho e a inflação continuam fortes no país, o que também reforça a perspectiva de novas altas de juros pelo Fed.
Na Europa, o PIB da zona do euro ficou estagnado no 4º trimestre de 2022 em relação aos três meses anteriores, disse a agência europeia de estatísticas, revisando ligeiramente para baixo os números de crescimento de atividade e de emprego.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a zona do euro registrou expansão de 1,8%, informou a Eurostat em comunicado. Em 14 de fevereiro, a agência havia divulgado estimativas preliminares de 0,1% na comparação trimestral e de 1,9% na base anual.
As revisões ainda confirmaram que a zona do euro evitou por pouco uma recessão técnica anteriormente esperada.
Sobre emprego na zona do euro, o número foi para 0,3% em relação ao trimestre anterior, de 0,4% relatado anteriormente. Na base anual houve aumento de 1,5%, em linha com as estimativas anteriores. Isso elevou o número total de pessoas com empregos para 165 milhões, 3,6 milhões a mais do que no final de 2023, pouco antes da pandemia de Covid-19.
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