Mulheres ocupam apenas 29% dos cargos de liderança na indústria brasileira, diz pesquisa

Mulher exercendo seu trabalho em parque eólico — Foto: Divulgação/Claraboia Filmes/CNI 1 de 1 Mulher exercendo seu trabalho em parque eólico — Foto: Divulgação/Claraboia Filmes/CNI

Mulher exercendo seu trabalho em parque eólico — Foto: Divulgação/Claraboia Filmes/CNI

Mulheres ocupam 💥apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil, enquanto homens representam 💥️71%. Além disso, só 💥️14% das empresas têm áreas específicas dedicadas à promoção de igualdade de gênero no local de trabalho, sendo que apenas 💥️5% contam com orçamento próprio.

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Os dados são de pesquisa da 💥️Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB, divulgada nesta quarta-feira (8). De acordo com o estudo, a proporção média de funcionários e funcionárias nas empresas também é 💥️desigual. Homens são 💥️70%, mulheres representam 💥️30%.

💥️Veja os gráficos a seguir:

Se, por um lado, a maioria (💥️85%) das empresas pesquisadas não têm áreas específicas para tratar da igualdade de gênero, por outro, 💥️20% afirmaram ter a intenção de aumentar os recursos voltados a ações nesse sentido no próximo ano. Tal meta é observada, sobretudo, em empresas lideradas por mulheres (💥23%), contra 💥18% das lideradas por homens.

Segundo Anaely, tal cenário reforça a importância de ter mais mulheres em cargos de liderança. "Essas mulheres levantam o debate dentro da empresa e garantem que essas políticas sejam discutidas", pontua.

O principal entrave à implementação de programas de igualdade, ainda segundo a pesquisa da CNI, é o 💥️preconceito, citado por 21% dos entrevistados. A 💥️cultura machista aparece em segundo lugar, com 💥️17%. Dos executivos ouvidos, 14% disseram 💥não ver barreiras.

Já em relação aos💥️ programas ou políticas de promoção de igualdade de gênero, 6 a cada 10 indústrias brasileiras afirmam ter tais ações. A principal razão para desenvolver as políticas é a percepção de desigualdade, citada por 💥️33% dos executivos ouvidos, seguida da importância de dar oportunidades iguais para todos, mencionada por💥️ 28%.

Os instrumentos mais usados pelas empresas para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres na indústria são:

Segundo Anaely Machado, para que a política de paridade salarial -- apontada como o principal instrumento das empresas para promover igualdade de gênero, seja efetiva, é necessário que as mulheres tenham iguais oportunidades de se inserirem e ocuparem cargos que, de fato, pagam mais.

Nesta quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve apresentar uma 💥️proposta de lei para garantir "definitivamente" que mulheres receberão salários iguais aos de homens caso exerçam a mesma função no trabalho. O chefe do Executivo não detalhou o texto da proposta, que terá de ser analisado pelo Congresso Nacional.

Atualmente, a Consolidação das Lei do Trabalho (CLT) prevê no artigo 461 condições para que homens e mulheres recebam o mesmo salário caso desempenhem a mesma função. Contudo, a regra não precisa ser seguida se o empregador tiver funcionários organizados em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários.

Segundo dados do Observatório Nacional da Indústria da CNI, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), atualmente, as mulheres representam 1/4 da força de trabalho na indústria. Além disso, entre 2008 e 2023, mais mulheres chegaram a cargos de gestão no setor, passando de 24% para 31,8%.

O índice, no entanto, ainda é inferior aos demais setores da economia, nos quais as mulheres respondem por quase metade (46,7%) das funções de liderança, segundo a confederação.

Para ela, somente com mais mulheres participando ativamente das discussões, é que o setor industrial poderá se tornar mais receptivo para o sexo feminino.

O levantamento da CNI em parceria com a FSB foi realizado nas 💥️cinco regiões do país, com 💥️1.000 representantes de empresas de 💥️pequeno, médio e grande porte. As entrevistas foram realizadas entre 6 e 23 de fevereiro de 2023.

Leia outras notícias da região no g1 DF.

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