Argentina poderá evitar inadimplência se economia se recuperar rápido, diz Stiglitz

Joseph Stiglitz, economista vencedor do Nobel

Em entrevista, economista vencedor do Nobel pondera que Argentina pode evitar crise de dívida (Imagem: Reuters/Edgard Garrido)

A 💥️Argentina poderá evitar uma reestruturação de 💥️dívidas se as autoridades reverterem as medidas de austeridade a tempo suficiente de estimular crescimento econômico para evitar uma 💥️crise de dívida, disse o economista Joseph Stiglitz, vencedor do Nobel, na segunda-feira.

A derrota esmagadora do presidente liberal 💥️Mauricio Macri nas 💥️eleições primárias de 11 de agosto contra seu rival peronista, 💥️Alberto Fernández, preocupou os investidores, que temem que o retorno da 💥️esquerda ao poder possa significar uma reestruturação da dívida na terceira maior 💥️economia da 💥️América Latina.

O 💥️peso perdeu quase um quarto de seu valor na semana passada e os preços dos títulos argentinos caíram, elevando os custos dos empréstimos. Com base nos preços de fechamento de sexta-feira, o custo de garantia contra a exposição à dívida soberana da Argentina indica 77% de probabilidade de um default soberano dentro dos próximos cinco anos.

No entanto, Stiglitz, ex-economista-chefe do 💥️Banco Mundial e crítico das medidas de austeridade durante a crise da dívida na zona do euro, disse que as apertadas políticas fiscais de Macri paralisaram a economia justamente quando o crescimento era necessário para garantir que a Argentina pudesse pagar suas dívidas.

“O problema é que as políticas em que o governo se engajou não eram propícias ao crescimento econômico”, disse Stiglitz à Reuters por telefone. “Austeridade e orçamentos apertados levam a um baixo crescimento e isso torna a dívida menos sustentável.”

A economia da Argentina deve encolher 1,5% este ano, segundo a última pesquisa de analistas do banco central. O crescimento previsto para 2023 é de 2,0%.

Um novo ministro da Fazenda, Hernan Lacunza, assumiu nesta terça-feira o desafio de tentar reverter a economia a tempo para a eleição presidencial de 27 de outubro.

Fernández, agora o favorito para a eleição, alertou em uma entrevista no domingo que uma reestruturação da dívida pode ser necessária. Ele disse que buscará renegociar um acordo de 57 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional.

Fernández disse não estar de acordo com as medidas de austeridade de Macri, que, embora direcionadas a reduzir o déficit fiscal, prejudicaram o crescimento, ao mesmo tempo em que comprometeram a popularidade do presidente

A próxima revisão do FMI sobre a economia da Argentina em 15 de setembro deve dizer se Fundo ainda acredita que a Argentina pode pagar seus empréstimos. Outro ponto crucial será o segundo trimestre de 2023, quando a Argentina deverá pagar 20 bilhões de dólares em dívidas, um aumento de 5,6 bilhões em relação ao primeiro trimestre.

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