Atacado sustenta alta da carne e confirma ganhos do preço do boi, combinando com baixa oferta

Boi deve fechar a semana em alta, porém com negócios lentos tradicionalmente amanhã, sexta-feira (Arquivo/Agência Brasil/Agência Brasil)

O mercado físico avança para fechar a semana mantendo o preço da @ mais firme e também com os frigoríficos conseguindo segurar o ganho no atacado desde o começo do mês, o que demonstra que os compradores estão mais dispostos a originarem a matéria-prima já que os clientes estão cobrindo a alta.

No levantamento da Agrifatto, desde o início de agosto a carcaça casada no atacado subiu quase 2% e chegou a R$ 10,40/kg, contra uma alta do boi entre R$ 2,00/3,00 para o animal comum em São Paulo. Na faixa dos R$ 158,00 é a média no estado, com negócios registrados até acima, entre R$ 1,00 e R$ 2,00 a mais, diante da oferta mais curta de bois prontos e conforme a qualidade de acabamento, distância da planta e tamanho do lote.

A Scot Consultoria, na sua indicação mínima de balcão, livre de impostos, também elevou a cotação da @ em São Paulo, para R$ 155,50 e R$ 157,50, no cash e a prazo, o que perfaz aquela média com preço cheio.

Em relação a outros estados, a relação de preços melhorou em Goiás e Minas Gerais, mas estacionou em Mato Grosso do Sul, ainda segundo os dados da Scot. No teto máximo, tem-se R$ 147,50/R$ 149,00 no Triângulo Mineiro, R$ 142,00/R$ 144,oo no Sul goiano e R$ R$ 145,00/R$ 147,00 na sul-matogrossense Dourados.

Pode vir outro fundamento de melhora com a virada do mês, pagamento entrando, mas ainda de forma residual, como tem sido desde o começo de 2023.

B3

O mercado futuro para outubro, contrato mais negociado do dia, ganhou mais o,20 pontos, a R$ 160,60, muito pouco andando nos últimos meses, depois da absoluta esfriada quanto à liberação pela China de novas plantas frigoríficas exportadoras.

E mais a expectativa de que passado setembro, nova leva de oferta de boi a termo, já vendido e agora na engorda, chegue aos compradores.

Agora, o Mapa anunciou acordo com a Indonésia para exportação de até 25 mil toneladas, faltando porém a vistoria e habilitação de 10 plantas, conforme o anunciado.

Caso novas notícias cheguem rápido das autoridades sanitárias do país, talvez a B3 volte a recuperar alguma margem.

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