Volta de controles de capital golpeia ativos argentinos
Títulos internacionais argentinos atingem mínimas históricas, após imposição de controle do governo Macri (Imagem: Reuters/Marcos Brindicci)
Os títulos internacionais da 💥️Argentina denominados em 💥️euro e 💥️dólar caíam para mínimas recordes nesta segunda-feira, enquanto as ações do setor financeiro cediam e o prêmio de risco avançava, após o presidente 💥️Mauricio Macri no domingo voltar a impor controles de capital, à medida que se agrava a crise de 💥️dívida no país.
A surpresa com a medida de Macri, que havia revertido muitas práticas protecionistas de sua antecessora, 💥️Cristina Kirchner, veio depois que o governo não conseguiu conter fortes saídas de investimentos e sustentar o peso, que entrou em queda livre.
O banco central argentino foi autorizado a restringir compras de dólares ao mesmo tempo em que queima suas reservas para sustentar a moeda.
Os investidores se preocupam com a possibilidade de que, uma vez que os controles estejam em vigor, eles sejam difíceis de ser retirados, possivelmente deixando a Argentina com uma economia mais uma vez distorcida pela intervenção do governo.
Os títulos internacionais em dólar da Argentina com vencimento em 2028 caíam mais de 2 centavos, para uma nova mínima de 36,58 centavos, segundo dados da Refinitiv. Os títulos com vencimento em 2023 e 2038 registraram perdas semelhantes.
Os títulos soberanos da Argentina denominados em euro também sofriam fortes perdas, atingindo mínimas recordes nesta segunda-feira. O título 2022 caiu 9,2 centavos, para 35,8 centavos, enquanto o “bond” com vencimento em 2027 caiu 7,5 centavos para 33,218 centavos, de acordo com dados da Refinitiv.
Os prêmios de risco exigidos pelos investidores para manter em carteira os títulos em dólar da Argentina disparavam para 2.534 pontos-base pelo índice do JPMorgan de títulos de mercados emergentes em moeda forte & níveis vistos pela última vez após o grande default em 2001.
O peso argentino perdeu mais de um terço do seu valor em 2023, após uma queda de mais de 50% no ano passado. O banco central gastou quase 1 bilhão de dólares em reservas desde quarta-feira, mas não conseguiu conter a queda do peso.
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