Estoques elevados fazem mercado ignorar projeção menor (ainda sob dúvida) para o açúcar

Açúcar indiano, mesmo menor, tira sustentação da oferta global e preços seguem deprimidos (Imagem: REUTERS/Amit Dave)

A Organização Internacional do Açúcar (IAC) deu a largada oficial na temporada de projeções menores para o açúcar no período 19/20. Oficiosamente algumas consultorias e tradings o fizeram antes. Mas falam em déficit ao mesmo tempo em que apontam menor expansão do consumo e não levam em conta, ainda, os estoques que a Índia anunciou em elevação. Não podia ser diferente: Nova York ignorou e cortou mais um pouco as cotações nesta segunda (2), repetindo o mesmo período de 2018.

Também os prognósticos, lá atrás, apontavam para desbalanço entre oferta e demanda em 18/19, mas o mercado baseado na ICE não prestou atenção, até que os subsequentes relatórios do USDA mostraram o contrário, 5 milhões de toneladas a mais. A commodity se arrasta desde então, atingindo semana passada as mínimas em 1 ano.

Todas as telas hoje ficaram no negativo, inclusive as de 2023, a começar pelo driver de outubro: menos 7 pontos a 11.14 c/lp.

O OIC fala agora em déficit da safra global de pouco mais de 4,76 milhões/t, a partir do calendário do Hemisfério Norte, a partir de outubro, trazendo a Índia para 28,3 milhões/t (de 33 milhões desta safra), conforme já se sabe há semans, e a Talilândia para 12,9 milhões (de 14,4 milhões/t). Mas também espera crescimento de 1,3% do consumo, menor que a taxa média de 1,8% dos últimos anos. O recuo ficaria no débito da desaceleração global, que pode ser até maior dada as incertezas que ainda rondam a guerra comercial Estados Unidos-China.

Apesar de destacar que os fundamentos levam a um “otimismo cauteloso”, em relação aos preços, ao falar em produção global menor (2,35%, para 171,9 milhões/t) por definição seu relatório não aponta os estoques. E a Índia, maior ator global do açúcar hoje, já dá como certo estoques de 14 milhões/t no período que está para se iniciar, juntando com o atual. E entre a produção estimada de 28 milhões/t & já anunciadas e, portanto, já nos preços & e os inventários, a oferta total do país passaria de 40 milhões de toneladas.

Ainda por cima, já foram anunciados subsídios do governo indiano para que a meta exportadora chegue a  milhões/t.

E sua produção, de 28 milhões/t já foram anunciadas e, portanto, já estão nos preços.

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