Reação do boi na B3 vem do mercado físico atual; falar em novas inspeções chinesas é forçar corretagem
Expectativa com mais vendas à China, com novas plantas habilitadas, ainda não acentuam negócios nem no físico, nem no futuro (Crédito: Gabriel Jabur/Agência Brasília)
Imaginar que o mercado futuro do boi na B3 esteja precificando ganhos com a possibilidade de que quatro plantas exportadoras serão inspecionadas pela China é forçar corretagem para quem não acompanha o físico. Se for falado que a reação, ainda no contrato de outubro, esteja associada ao ganho real do dia a dia, aí sim.
Mesmo que não se queira lembrar da longa espera das tais inspeções – e se fala em lista de 20 unidades – divulgadas ontem (e sem confirmação alguma) ainda estão para acontecer. E se de fato ocorrem, há ainda o comunicado oficial chinês.
Ainda nesse exercício de previsibilidade duvidosa, mesmo que o comunicado oficial saia em seguida (o que é pouco provável em se tratando de China), e se aprovadas (todas ou menos), ainda os negócios efetivos teriam mais um gap.
Outubro está aí já. Mesmo para novembro não se acredita.
“De forma alguma (o mercado opera com base em China). A força no BGIV19 (outubro) tem a ver com mercado mesmo”, avalia Caio Junqueira, da Cross Investimentos, ou seja, é a firmeza do mercado, tanto no boi comum, assegurando negócios acima de R$ 158,00 aos animais comuns e bem mais superior os com bonificações.
E também se entende que a firmeza da @ não está ligada a essa nova expectativa, de mais plantas habilitadas, mais exportações. As exportações, claro, ajudam marcar os preços, mas são as previsíveis dentro dos históricos mensais de alta. Peso considerável vem da oferta mais curta mesmo.
Para Agrifatto, se acredita que a bolsa deve ficar um pouco mais cautelosa. Gustavo Resende Machado, analista, vê o mercado cauteloso, “calejado com China”. Portanto, para ele, também há alinhamento com o mercado mesmo. “Algumas escalas andaram nessa semana em SP, não sei se os valores vão continuar renovando máximas. Eu não ia me expor muito em bolsa nesse cenário também”, argumenta.
O outubro ontem subiu 0,30 pontos, R$ 160,40. Nesta manhã de quinta (5), subiu mais 20. Resende Machado mostra que o volume de negócios ainda na quarta foi de 2 mil contratos e hoje passava dos 135.
Quanto ao novembro, estacionado na véspera R$ 162,80, com alta de R$ 0,80, cai agora. O número de contratos até que não foi ruim na quarta, 1 mil.
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