China: Corte em depósitos compulsórios visa liquidez em meio à desaceleração

Banco do Povo da China

Redução da quantidade de dinheiro que os bancos devem reter como reserva libera US$ 126,35 bilhões na economia chinesa (Imagem: Reuters/Petar Kujundzic)

O banco central da 💥️China anunciou nesta sexta-feira, pela terceira vez neste ano, redução da quantidade de dinheiro que os 💥️bancos devem reter como reservas, liberando um total de 900 bilhões de yuans (126,35 bilhões de dólares) em liquidez para dar fôlego à 💥️economia em desaceleração.

Analistas esperavam que a China anunciasse mais medidas de estímulo monetário conforme a segunda maior economia do mundo está sob crescente pressão da escalada das tarifas nos EUA e da fraca demanda doméstica.

O Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês) disse em seu site que reduziria o chamado depósito compulsório em 50 pontos-base para todos os bancos, com um corte adicional de 100 pontos-base para alguns bancos qualificados menores.

O PBOC já cortou o compulsório sete vezes desde o início de 2018.

O corte & de ampla base e que liberará 800 bilhões de yuans em liquidez& entra em vigor em 16 de setembro. O corte direcionado adicional liberará 100 bilhões de yuans em financiamentos e ocorrerá em duas fases, a partir de 15 de outubro e de 15 de novembro.

“A medida mostra que os formuladores de política (monetária) estão cada vez mais preocupados, mas está longe de ser suficiente para estabilizar a economia”, disse Larry Hu, chefe de economia para a China do Macquarie Group, em Hong Kong.

“A principal restrição é que tudo está desacelerando & as empresas não estão dispostas a investir por causa da guerra comercial, de uma desaceleração global e de um fraco crescimento da infraestrutura e do setor imobiliário.”

A mais recente ação para estimular empréstimos bancários veio depois de uma reunião do Gabinete em 4 de setembro, que se comprometeu a implementar cortes amplos e direcionados no depósito compulsório “em tempo hábil”.

O PBOC disse que manterá uma política monetária prudente e evitará uma enxurrada de estímulos, enquanto reforça ajustes anticíclicos e mantém uma liquidez razoável e abundante.

Analistas dizem que o crescimento econômico da China provavelmente se reduziu ainda mais neste trimestre, ante uma mínima em quase seis anos, de 6,2%, entre abril e junho. O 💥️Morgan Stanley diz que agora está monitorando o limite inferior da meta para o ano inteiro, de cerca de 6%-6,5%.

Com Washington impondo novas tarifas a partir de 1º de setembro e ameaçando mais medidas entre 1º de outubro e 15 de dezembro, alguns economistas reduziram recentemente suas estimativas de crescimento da China para o próximo ano para menos de 6%, o que descumpriria a meta de Pequim a longo prazo.

Também se espera que o banco central corte uma ou mais de suas principais taxas de juros nas próximas semanas & pela primeira vez em quatro anos& , enquanto trabalha para reduzir os custos de financiamento corporativo.

“Eu acho que é muito provável que eles cortem a taxa básica de juros em cerca de 5 (pontos-base) a 10 pontos-base no final deste mês. Também espero outro corte de 50 pontos-base no compulsório até o final deste ano”, disse Hu, do Macquarie.

Resposta lenta

Apesar de uma série de medidas de apoio e flexibilização de política monetária desde o ano passado, a economia da China ainda está lutando para se recuperar.

Os dados de julho mostraram que o crescimento desacelerou mais acentuadamente do que o esperado, com a intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos afetando mais as empresas e os consumidores.

Analistas dizem que o problema não é a falta de crédito & PBOC tem injetado quantidades generosas de liquidez& , mas o enfraquecimento da confiança empresarial e dos consumidores, à medida que a guerra comercial se arrasta. Isso tem pesado na atividade, desde o setor manufatureiro e os investimento até as vendas no varejo.

Na mais recente escalada na prolongada disputa comercial, os Estados Unidos começaram a impor tarifas de 15% sobre uma variedade de produtos chineses em 1º de setembro & incluindo calçados, relógios inteligentes e televisores de tela plana& , e a China começou a cobrar novas tarifas sobre o petróleo dos EUA.

As próximas negociações comerciais de alto nível estão previstas para o início de outubro, mas uma paz duradoura parece mais difícil do que nunca.

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