Para onde vai o dólar?
Para José Castro, especialista da Inversa Publicações, “o real é uma moeda muito sensível às condições sistêmicas” (Imagem: REUTERS/Gary Cameron)
O dólar voltou a apresentar um período de fortes altas de baixas, algo que não era visto desde a eleição presidencial. Nos últimos dias, a moeda americana chegou a ser cotada a quase R$ 4,20. É o número mais alto desde 17 de setembro de 2018.
Por outro lado, é verdade também que a queda da quarta-feira (4) foi a maior registrada desde outubro de 2018, quando o mercado ficou otimista após à vantagem de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad.
Para José Castro e Mateus Fontanini, especialista da 💥️Inversa Publicações, “o real é uma moeda muito sensível às condições sistêmicas, ou seja, quando o mundo vai bem, o real vai bem, ao passo que quando o mundo vai mal, o real desaba.
E foi isso que afetou o dólar. Enquanto nas últimas semanas o clima entre a 💥️China e os 💥️EUA levantou a cotação, nos últimos dias os ânimos mais calmos da Guerra Comercial e números mais favoráveis da economia internacional ajudaram a cotação a cair.
O Goldman Sachs elevou as projeções para o dólar em relação ao real ao fim de três, seis e 12 meses, devido à crise na Argentina (Imagem: Reuters/Marcos Brindicci)
Outro fator que afetou o real em relação ao dólar foi a crise da 💥️Argentina.
💥️Segundo o banco Citi, o real amarga o segundo pior desempenho em relação ao dólar dentre seus pares emergentes desde o resultado das eleições primárias de agosto no país vizinho, melhor apenas que o fragilizado peso argentino.
Na segunda-feira, o 💥️Goldman Sachs elevou as projeções para o dólar em relação ao real ao fim de três, seis e 12 meses, devido à crise na Argentina, à desaceleração do crescimento global e a perspectivas de mais cortes de juros pelo 💥️Banco Central.
Na semana passada, o 💥️Morgan Stanley já havia aumentado as projeções para o dólar ante o real para os próximos trimestres, passando a ver a moeda norte-americana em R$ 4,15 ao fim de setembro.
“Por fim, as tendências da moeda norte americana tanto para curto prazo quanto para o longo prazo, seguem de alta, porém devemos ficar atentos para a tendência de curto prazo”, explica Castro, da Inversa. Ele aposta que, até o final de 2023, o dólar se acomodará abaixo de R$ 4.
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