Brasil e Argentina podem aumentar exportações de proteínas para a China, estima Bradesco
A principal aposta do banco no setor é a BRF (BRFS3), com recomendação de compra e preço-alvo por ação de R$ 50 (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
A 💥️Bradesco Corretora acredita que o Brasil e a Argentina têm mais espaço para aumentar as exportações de proteínas para a China, que atualmente vive um surto de febre suína africana.
“O aumento das exportações argentinas e brasileiras de carne bovina para a China apoia nossa visão de uma perspectiva de oferta/demanda apertada devido aos surtos de febre suína africana no país asiático, que esperamos que continuem beneficiando os preços de todas as proteínas”, afirmou o Bradesco.
A principal aposta do banco no setor é a 💥️BRF (BRFS3), com recomendação de compra e preço-alvo por ação de R$ 50.
Mercado argentino lidera
A Argentina tornou-se o principal fornecedor externo de carne bovina para o mercado chinês nos primeiros sete meses do ano, chegando a superar o Brasil.
“Dados da alfândega chinesa mostram que, de janeiro a julho, os embarques argentinos atingiram 186 mil toneladas em comparação com as vendas brasileiras de 180 mil toneladas. O presidente do Consórcio Argentino de Exportadores de Carne (AEC) calcula que o total de embarques de carne bovina pelo país chegue a 720 mil toneladas”, destacou o Bradesco.
Surtos em Filipinas
O Departamento de Agricultura das Filipinas disse que mais surtos de febre suína foram detectados no país. São atualmente 12 vilarejos com fazendas afetados.
De acordo com o banco, a atuação da doença em regiões fora da China prova que ela não está sob controle.
“Embora não esperemos um grande impacto desse caso específico nas Filipinas (o país representa 1% da produção mundial de carne suína), continuamos vendo uma tendência de alta nos preços globais de proteínas, já que os impactos da febre sustentam uma forte pressão sobre as perspectivas globais de oferta/demanda”, pontuaram Leandro Fontanesi e Ricardo França, analistas da Bradesco Corretora.
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