Google aguarda decisão da UE sobre “direito de ser esquecido”
Para o Google, o destino da Internet está em jogo. A decisão de 2014 já obriga a empresa a oferecer diferentes resultados de pesquisa na Europa do que no resto do mundo (Imagem: Bloomberg)
O 💥️Google se prepara para outra decisão histórica sobre privacidade no tribunal superior da 💥️União Europeia, cinco anos depois de uma decisão sobre o “direito de ser esquecido” ter obrigado a empresa a excluir links de informações pessoais mediante solicitação.
O Tribunal de Justiça da UE decidirá na terça-feira sobre a disputa da gigante dos 💥️EUA com um regulador de proteção de dados da 💥️França, que avaliará se o direito de ser esquecido deve ser aplicado globalmente e onde estabelecer a linha entre privacidade e liberdade de expressão.
A unidade da 💥️Alphabet está contestando a ordem da autoridade francesa de remover, sob demanda, os links em todas as suas plataformas globais se eles levarem a sites que contenham informações desatualizadas ou falsas que possam prejudicar injustamente a reputação de uma pessoa. Os juízes também devem esclarecer quais links podem permanecer on-line para interesse público.
Para o Google, o destino da Internet está em jogo. A decisão de 2014 já obriga a empresa a oferecer diferentes resultados de pesquisa na Europa do que no resto do mundo. A reguladora francesa CNIL diz que o Google deve eliminar esses resultados globalmente. Os que apoiam o Google no caso, que incluem grupos de liberdade de imprensa, alertam que isso pode permitir que regimes autoritários censurem toda a Internet ao estender ao mundo a decisão sobre o que pode ser tornado público.
Um direito global de ser esquecido “criaria um sério conflito com os conceitos de liberdade de expressão dos EUA” e poderia ser usado por outros estados para “suprimir resultados de pesquisa em uma base global”, de acordo com Richard Cumbley, advogado da Linklaters, em Londres.
É difícil adivinhar o rumo que será tomado pelo tribunal da UE. A decisão inicial chocou o Google ao rejeitar seus argumentos de que o mecanismo de busca era apenas um caminho neutro para fornecer informações. Com a decisão, efetivamente coube ao Google decidir se um link que alguém pediu que fosse excluído continha algo que “não era mais relevante”.
Desde 2014, o Google teve que avaliar quase 850 mil solicitações individuais para remover links para cerca de 3,3 milhões de sites. A equipe da empresa assumiu um papel parcialmente regulatório para encontrar um equilíbrio entre quais informações devem permanecer públicas e quais devem ser removidas.
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