Frigoríficos vão usar ‘caixinha de ferramentas’ para frear alta do boi

Vendas de carne do início do mês devem determinar o tamanho de alta do preço da @

Os frigoríficos aceleraram as compras de boi nesta semana, forçando as altas que já chegam nos R$ 162/163,00, a prazo, para o boi comum, mas nesta quinta (26) os indicadores básicos das consultorias mostram certa estabilização (veja ao final). Saíram do negócio para segurar a pressão dos vendedores com o final de semana chegando e, mais ainda, com a virada do mês na próxima semana, quando precisam adquirir um pouco mais de animais para o consumo sazonal do pagamento.

A sustentação de ganho dos preços segue mantida, a menos que o consumo não responda e force as indústrias evitarem a corrosão da recuperação de margens no atacado. Vão usar toda a caixinha de ferramentas para segurar o boi.

Outro ponto ainda a se confirmar, e que pode limitar a @ um pouco mais à frente, é o tamanho do segundo giro do confinamento. A Agrifatto fala em 8% de elevação, o que pode compensar um pouco a ausência de animais de pasto, já que confinamento via de regra é boi quase todo negociado.

As chuvas estão começando em várias regiões, mas boi de capim ainda demora. Porém, não se descarta que, em conjunção com as variáveis acima – e se confirmadas, frisa-se -, os frigoríficos podem tentar se aproveitar também.

Cotações hoje

O valor, em alta, da Scot para São Paulo, verificada na quarta, foi copiado hoje. R$ 159,50 à vista e R$ 161,50, com 30 dias, livre de Funrural.

Na Agrifatto, o levantamento mostrou queda residual, mantendo a estabilidade em R$ 158,88. Na semana, o preço à vista recuou 0,12%, mas o valor a prazo, em R$ 162,00, obteve reforço de mais 0,31%.

As altas verificadas ontem nos principais estados produtores, especialmente Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, ficaram sem mexer na tabela base de hoje.

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