Com ajuda da BRF, nova fase da Carne Fraca apura pagamentos de R$ 19 milhões a auditores

De acordo com o MPF, a BRF decidiu colaborar sem que tenha firmado qualquer acordo de leniência (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A 💥️Polícia Federal e o 💥️Ministério Público Federal lançaram nesta terça-feira nova fase da 💥️operação Carne Fraca para apurar suspeita de 💥️corrupção praticada por auditores fiscais agropecuários federais em benefício da 💥️BRF (💥Vacas Gado Boi

Operação Carne Franca inicialmente jogou o setor de proteína animal do Brasil em uma grave crise de credibilidade com denúncias de irregularidades na fiscalização de frigoríficos (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

De acordo com o MPF, a BRF passou a colaborar com as investigações no segundo semestre do ano passado. Em setembro de 2018, a Reuters revelou que os procuradores estavam buscando uma cooperação com a empresa em troca de penas mais brandas.

“Com o avanço das investigações, a BRF apresentou ao Ministério Público Federal, entre o segundo semestre de 2018 e o primeiro semestre de 2023, uma série de informações e documentos, bem como autorizou expressamente o uso desse material, no sentido de que existiram fiscais federais, ligados ao 💥️Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que recebiam vantagens indevidas para que atuassem em benefício da companhia”, disse o MPF no pedido de medidas cautelares apresentado à 💥️Justiça.

A operação desta terça-feira teve como objetivo cumprir 68 mandados de busca e apreensão em 9 Estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, informou a PF.

“O inquérito tem como foco principal a apuração de crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em diversos Estados, em benefício de grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação”, disse a PF em comunicado.

“Há indicativos de que foram destinados 19 milhões de reais para os pagamentos indevidos. Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais”, acrescentou.

A BRF afirmou ao mercado que “nenhum de seus escritórios ou instalações ou de seus administradores foi alvo” de medidas de busca e apreensão na nova fase da operação Carne Fraca e que tem colaborado com as autoridades.

Já o Ministério da Agricultura reafirmou em comunicado à imprensa que tem “plena confiança em sua área de fiscalização agropecuária, já reestruturada, e entende que essa situação é uma exceção à regra e não compromete a efetiva atuação de seus 2.500 fiscais”.

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