‘Liberté’ francesa em teste com plano de reconhecimento facial

Com a mudança, a França entra para a lista de estados no mundo todo que se apressam em criar “identidades digitais” para oferecer acesso seguro aos cidadãos a vários serviços (Imagem: Anita Pouchard Serra/Bloomberg)

A França pode se tornar o primeiro país europeu a usar tecnologia de reconhecimento facial para oferecer aos cidadãos uma identidade digital segura & quer eles queiram ou não.

Com o argumento de tornar o estado mais eficiente, o presidente da França, Emmanuel Macron, avança os planos para lançar um programa de identificação, batizado de Alicem, em novembro antes da meta inicial no Natal. O regulador de dados do país diz que o programa viola a regra europeia do consentimento e um grupo de defesa da privacidade está questionando o plano no principal tribunal administrativo da França. Um hacker levou pouco mais de uma hora para invadir um aplicativo de mensagens do governo considerado “seguro” este ano, o que levantou dúvidas sobre os padrões de segurança do estado.

Nada disso parece fazer o Ministério do Interior francês mudar de ideia.

“O governo quer levar as pessoas a usarem o Alicem e o reconhecimento facial”, disse Martin Drago, advogado do grupo de privacidade La Quadrature du Net, que move a ação contra o estado. “Estamos adotando o uso em massa de reconhecimento facial. (Há) pouco interesse na importância do consentimento e da escolha. “O processo, aberto em julho, não suspenderá o Alicem.”

Identidades digitais

Com a mudança, a França entra para a lista de estados no mundo todo que se apressam em criar “identidades digitais” para oferecer acesso seguro aos cidadãos a vários serviços, como impostos, bancos, previdência social e contas de concessionárias públicas. Cingapura já usa reconhecimento facial e assinou um acordo para ajudar o Reino Unido a preparar seu próprio sistema de identificação. A Índia usa varreduras de íris.

A França diz que o sistema de identificação não será usado para controlar os residentes. Ao contrário da China e Cingapura, o país não integrará a biometriade reconhecimento facial aos bancos de dados de identidade dos cidadãos. De fato, o Ministério do Interior, que desenvolveu o aplicativo Alicem, diz que os dados de reconhecimento facial coletados serão excluídos quando o processo de registro terminar. Isso não eliminou a preocupação sobre seu potencial uso indevido.

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