Não há problema se votação da reforma da Previdência ficar para fim do mês, diz Tebet
“É óbvio que queremos votar (o 2º turno) na semana que vem, mas se tiver de ser até o final de outubro, não tem problema” afirmou Tebet (Imagem: Jane de Araújo/Agência Senado)
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (💥️CCJ) do 💥️Senado, 💥️Simone Tebet (MDB-MS), disse nesta quinta-feira que a intenção dos senadores favoráveis à 💥️reforma da Previdência é trabalhar para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja votada na próxima semana, mas ponderou que não haveria problema caso o segundo turno ocorra apenas no final do mês.
Para a senadora, o texto já aprovado pelo Senado em primeiro turno garante uma economia de aproximadamente 800 bilhões de reais em dez anos. Segundo ela, a PEC não deve ser desidrata.
“É óbvio que queremos votar (o 2º turno) na semana que vem, mas se tiver de ser até o final de outubro, não tem problema, o mercado, a sociedade e o governo já sabem que a reforma traz um alívio no déficit de 800 bilhões de reais ao longo de 10 anos e não há possibilidade de desidratar mais essa reforma”, afirmou.
“Ninguém nunca fez uma reforma dessa grandeza, nem perto disso. O governo queria 1 trilhão de reais e saiu com 800 bilhões de reais. Eu acho que nem o governo imaginava que sairia com esse montante”, disse Tebet.
O Senado concluiu a apreciação da PEC em primeiro turno na quarta-feira, numa votação contaminada pelas discussões sobre o pacto federativo e em meio a disputa com a Câmara dos Deputados.
Um dia antes, senadores impuseram uma derrota ao governo ao aprovarem destaque que retirou do texto as novas regras relacionadas ao abono salarial. O trecho excluído limitaria o acesso ao benefício e sua exclusão terá um impacto de cerca de 76 bilhões de reais na economia pretendida pelo Executivo em dez anos.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou na quarta-feira que iria procurar líderes de bancada para negociar a quebra dos prazos regimentais, o que possibilitaria que o segundo turno da proposta pudesse ocorrer já na próxima semana.
Alcolumbre admitiu, no entanto, que ainda não contava com o apoio das lideranças e que, caso não consiga um amplo acordo, a votação em segundo turno da PEC pode extrapolar o calendário inicialmente estabelecido que contava com a promulgação da proposta ainda na primeira quinzena de outubro.
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