Venda de fatias em rodovias colombianas pode render US$ 3 bi
Incorporadoras avaliam vender participações em mais de uma dúzia de projetos, que geram receita através de pedágios e garantias do governo (Imagem: Pixabay)
Participações em rodovias com pedágio na 💥️Colômbia podem ser colocadas à venda por até US$ 3 bilhões nos próximos meses, em meio à corrida de construtoras para levantar recursos e investir em uma nova onda de projetos de 💥️infraestrutura, segundo pessoas com conhecimento dos planos.
Incorporadoras avaliam vender participações em mais de uma dúzia de projetos, que geram receita através de pedágios e garantias do governo, segundo as pessoas. As concessões foram concedidas pelo governo para construir e operar estradas na Colômbia.
A gigante britânica de infraestrutura John Laing já comprou uma participação de 30% em um projeto de uma rodovia de 236 quilômetros, conhecida como Ruta del Cacao, e abriu um escritório em Bogotá.
E a Odinsa, subsidiária do conglomerado colombiano Grupo Argos, adquiriu uma participação majoritária em um túnel que atravessa uma montanha nos arredores da cidade de Medellín.
As participações valem cerca de US$ 160 milhões. Investidores estrangeiros e locais devem disputar outros projetos nos próximos meses, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas porque as negociações são confidenciais.
“Várias construtoras e incorporadoras estão tentando vender seus ativos como parte de um ciclo em que ficam entre 1 a 3 anos em um projeto, assumem o risco de construção e depois vendem para obter lucro”, disse Andres Crump, sócio do Baker McKenzie, que coordena o grupo de fusões e aquisições do escritório de advocacia, em Bogotá.
“Elas precisam reciclar o capital porque têm muitos outros projetos nos quais precisam investir. É uma tendência que continuaremos vendo no futuro.”
Um porta-voz da Agência Nacional de Infraestrutura não fez comentários sobre as prováveis vendas, já que os acordos não envolvem a agência.
A potencial onda de vendas pode marcar uma virada para o investimento no setor na Colômbia. O país enfrenta um 💥️déficit de financiamento de investimento rodoviário de US$ 75 bilhões até 2040, segundo as tendências atuais, de acordo com o Global Infrastructure Hub, uma iniciativa do G-20 que acompanha o setor.
O investimento foi paralisado em 2017 em meio ao escândalo de corrupção em rodovias que fazia parte do esquema de propinas da 💥️Odebrecht na região.
Bancos domésticos interromperam os empréstimos para projetos e investidores estrangeiros recuaram em meio à incerteza.
O interesse voltou como o plano do presidente Ivan Duque de retomar um programa de construção de rodovias, conhecido como 4G, que prevê a construção de dezenas de estradas em todo o país para facilitar e baratear o transporte de mercadorias por empresas.
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