Moagem de cana no centro-sul dispara; Unica vê antecipação do fim de safra
Com isso, segundo a Unica, deverá haver uma antecipação do término da safra 2023/2020 (Imagem: REUTERS/Marcelo Rodrigues Teixeira)
A moagem de cana do centro-sul do 💥️Brasil na primeira quinzena de outubro somou 37,47 milhões de toneladas, alta de 46,2% ante o mesmo período do ano passado, com o tempo favorável aos trabalhos, informou nesta quinta-feira a União da Indústria de 💥️Cana-de-açúcar (💥️Unica), que prevê um fim da safra mais cedo que o normal em 2023/20.
A produção de açúcar do centro-sul no período atingiu 1,9 milhão de toneladas, alta de 69,95% ante mesmo período do ano passado. Já a fabricação de etanol da principal região produtora somou 2,3 bilhões de litros, alta de 54,86% na mesma comparação.
O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, ponderou que em 2018 as chuvas de primavera foram antecipadas e comprometeram a operacionalização da colheita, reduzindo o aproveitamento de moagem.
“Em contrapartida, a condição climática de 2023 garantiu um melhor rendimento operacional nas últimas quinzenas, permitindo um avanço da safra em relação aos índices observados no último ciclo agrícola”, acrescentou.
Com isso, segundo a Unica, deverá haver uma antecipação do término da safra 2023/2020.
No acumulado da safra até 16 de outubro, as usinas do centro-sul processaram 510,3 milhões de toneladas de cana, alta de 5% ante o mesmo período do ano passado.
O centro-sul deverá processar pouco mais de 570 milhões de toneladas de cana no ciclo atual, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (💥️Conab).
Até 16 de outubro deste ano, 25 unidades do centro-sul haviam encerrado a safra, contra 20 usinas até a mesma data de 2018. Na segunda quinzena do mês, espera-se que outras 41 unidades finalizem as atividades desse ciclo, ante apenas 32 verificadas em 2018, disse a associação.
Açúcar e etanol
A produção de açúcar no acumulado da temporada atingiu 23,7 milhões de toneladas, aumento de 1% na mesma comparação, enquanto a fabricação de etanol cresceu 5,9%, para 27,5 bilhões de litros (incluindo o combustível de milho, com um volume de 667,3 milhões de litros).
O diretor técnico da Unica ponderou em nota que o incremento da produção de açúcar observado até o momento reflete o avanço da colheita em função das condições climáticas favoráveis nas últimas quinzenas.
Para ele, trata-se de uma condição pontual, já que a citada expansão da moagem não deve permanecer até o final da safra.
Já o crescimento substancial na produção de etanol se dá mais com as usinas destinando ainda mais cana para o combustível & em detrimento do açúcar& , numa proporção de 64,7% no acumulado da safra, versus 63,9% no mesmo período do ciclo 2018/19.
“As vendas de etanol hidratado pelas unidades do centro-sul confirmam a demanda aquecida pelo produto em decorrência da sua competitividade na maior parte do mercado brasileiro e do crescimento do consumo de combustíveis leves no país”, disse o diretor da Unica.
A comercialização do produto na primeira quinzena deste mês atingiu cerca de 990 milhões de litros, cerca de 40 milhões de litros acima do mesmo período do ano passado.
No acumulado desde abril até 16 de outubro, as vendas internas de hidratado já alcançaram um aumento superior a 15%, atingindo 12,61 bilhões de litros, contra apenas 10,96 bilhões em 2018.
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