Bolsonaro busca aproximação com países árabes após polêmica sobre embaixada em Israel
Sinalizações de transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém causaram mal-estar no mundo árabe (Imagem: Alan Santos/PR)
O presidente 💥️Jair Bolsonaro chega a Abu Dhabi no sábado para uma viagem por três países do Golfo Pérsico na esperança de superar a desavença diplomática travada com nações árabes no ano passado devido a uma proposta de transferir a embaixada brasileira em 💥️Israel para Jerusalém.
O plano, que teria descartado o apoio tradicional do 💥️Brasil a uma solução de dois Estados para o conflito entre israelenses e palestinos, irritou países árabes e ameaçou um comércio anual de 5 bilhões de dólares em exportações de carne halal brasileira.
Durante uma visita a Israel em abril, Bolsonaro desistiu da ideia e anunciou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém.
Os convites para visitar os 💥️Emirados Árabes Unidos, o 💥️Catar e a 💥️Arábia Saudita são prova de que a questão foi superada, disse Kenneth Nóbrega, secretário de negociações bilaterais com o 💥️Oriente Médio, a 💥️Europa e a 💥️África do Ministério das Relações Exteriores.
Nóbrega disse que Bolsonaro buscará mais comércio e investimento com seus anfitriões produtores de petróleo para ajudar a revigorar a 💥️economia do Brasil. O presidente se encontrará com chefes de Estado e falará em conferências de negócios em Doha, na segunda-feira, e em Riad, na quarta-feira.
Na eleição do ano passado, Bolsonaro prometeu a seus apoiadores evangélicos que transferiria a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém para aproximar mais o Brasil de Israel.
Mas o presidente recuou diante da pressão interna de generais e da equipe econômica do governo, que sublinharam a necessidade de laços econômicos mais fortes com as nações árabes, de acordo com Oliver Stuenkel, professor adjunto de Relações Internacionais na 💥️Fundação Getulio Vargas (💥️FGV) de São Paulo.
“Bolsonaro foi instruído sobre o que deve falar e o que não deve falar para consertar o estrago que fez à reputação do Brasil no mundo árabe”, disse Stuenkel.
Os laços brasileiros com as nações árabes melhoram a cada dia, disse o embaixador da Autoridade Palestina, Ibrahim Al Zeben, que construiu uma embaixada em Brasília a pouca distância do palácio presidencial — o que exasperou diplomatas israelenses.
No ano passado, Bolsonaro disse que a 💥️Palestina não é um país e que não deveria ter uma embaixada em 💥️Brasília, embora em 2010 o Brasil tenha reconhecido o Estado da Palestina e suas fronteiras de 1967.
Al Zeben afirmou que autoridades do Itamaraty lhe dizem que o Brasil ainda apoia uma solução de dois Estados para a questão palestina.
“Tanto Brasil quanto o mundo árabe nos esforçamos para desenvolver e diversificar mais os laços sob a base de mútuos interesses. A visita do senhor presidente (Bolsonaro) a países árabes cabe perfeitamente no âmbito desta lógica”, afirmou à Reuters.
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