Para Bolsonaro, punir filho por fala sobre novo AI-5 é perseguição política
“Só se for perseguição política, não acredito que isso aconteça (punição)”, disse Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que seria “perseguição política” uma eventual punição a seu filho, o líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP), por ele ter declarado que, se houver uma radicalização da esquerda no país, poderia ocorrer um novo AI-5.
“Só se for perseguição política, não acredito que isso aconteça (punição). Porque abre brecha para você punir qualquer parlamentar por suas opiniões. O parlamentar tem que ter imunidade para defender o que bem entender, e ponto final. Lá na frente, se a população achar que ele não foi bem, não vote mais nele”, afirmou.
O presidente reiterou que a Constituição garante aos parlamentares imunidade sobre suas palavras (Imagem: Youtube de Leda Nagle)
O AI-5 foi o mais duro ato institucional editado durante a vigência da ditadura militar, permitindo o fechamento do Congresso Nacional, a cassação de mandatos de parlamentares e a redução de garantias fundamentais.
O presidente reiterou que a Constituição garante aos parlamentares imunidade sobre suas palavras, opiniões e votos e destacou que Eduardo fez uma comparação hipotético com o Chile, país alvo de intensos protestos nos últimos dias. As polêmicas declarações do filho do presidente foram dadas em entrevista ao canal do Youtube da jornalista Leda Nagle.
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