Maranhão cria força para proteger terras indígenas de madeireiros

Índios

Os madeireiros ilegais emboscaram um grupo indígena formado para proteger a floresta, mataram a tiros um de seus líderes e feriram outro na sexta-feira, informou a tribo (Imagem: ASCOM FUNAI/Lucas Halle)

O Estado do 💥️Maranhão criou uma força-tarefa policial nesta segunda-feira para proteger a tribo Guajajara de madeireiros ilegais, que mataram um de seus líderes em um confronto por desmatamento em sua reserva na 💥️Amazônia.

Os madeireiros ilegais emboscaram um grupo indígena formado para proteger a floresta, 💥️mataram a tiros um de seus líderes e feriram outro na sexta-feira, informou a tribo. Um madeireiro também morreu no tiroteio.

Paulo Paulino Guajajara, ou Lobo, estava caçando dentro da reserva de Arariboia quando madeireiros abriram fogo e atiraram no pescoço dele. Outro Guajajara, Laércio, foi ferido no braço e nas costas, mas conseguiu escapar.

A aplicação da lei em reservas indígenas é uma responsabilidade federal, mas os “guardiões da floresta” de Guajajara assumiram a tarefa na ausência de proteção federal e diante do aumento de invasões por madeireiros armados desde que o presidente 💥️Jair Bolsonaro assumiu o cargo em janeiro.

O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), decretou a criação de uma força-tarefa de policiais para proteger os Guajajaras e treiná-los em práticas de segurança para defender e patrulhar sua reserva, embora não instruções sobre armas de fogo.

Sérgio Moro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, lamentou o assassinato e prometeu uma investigação completa. A Polícia Federal foi enviada para determinar as circunstâncias das mortes (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Dino disse que, dada a ausência de agências federais que protegem os indígenas em seu Estado, a força-tarefa irá cooperar com eles em emergências e no combate à extração ilegal de madeira em áreas da reserva.

“Levamos a sério a defesa dos direitos indígenas e queremos ajudar. Não compactuamos com etnocídio.”, afirmou Dino no Twitter.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, 💥️Sergio Moro, lamentou o assassinato e prometeu uma investigação completa. A 💥️Polícia Federal foi enviada para determinar as circunstâncias das mortes.

“O Estado do Maranhão entendeu a urgência da situação diante do fracasso do governo federal, quase conivente com os agressores, ao incentivar a invasão de reservas”, disse a líder indígena Sonia Guajajara.

Chefe da organização pan-indígena Apib, que representa muitos dos 900.000 índios brasileiros, Sonia Guajajara falou com a Reuters da Europa, onde ela se reúne com autoridades para explicar ameaças crescentes às tribos brasileiras e às florestas em que habitam.

Os Guajajaras, um dos maiores grupos indígenas do país, com cerca de 20.000 pessoas, criaram os Guardiões da Floresta em 2012 para patrulhar uma vasta reserva. A área é tão grande que uma tribo pequena e ameaçada de extinção, os Awá Guajá, vive nas profundezas da floresta sem nenhum contato com o mundo exterior.

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