Açúcar: morde e assopra em Nova York confirma rotina de baixa
Fim da safra do Centro-Sul e começo da indiana oferecem oportunidade para o mercado testar ganhos (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)
O mercado internacional do açúcar segue na rotina do morde e assopra, típica dessa época do ano. Às vezes morde mais forte, com os comprados forçando posições à espera de fazer colar. Depois cede, deixando a commodity na sua rotina de baixa.
Foi assim do dia 12 para o dia 13, quando o março em Nova York (Ice Futures) saiu de 12.50 centavos de US$ por libra-peso para 12.85, e voltou a descer. Neste segunda (18) experimentou os dois lados da tabela, estando agora, por volta das 13h40 (Brasília), subindo 2 pontos ou o,16%, em 12.70 c/lp.
Ocorre que o período de transição, na expressão usada pelo analista Maurício Muruci, entre a safra indiana (19/20, do Hemisfério Norte) que começa a engatar agora, e o fim da colheita do Centro-Sul do Brasil, suscita testes nas cotações que possam impulsionar o açúcar.
“Mas não tem nada de novo que o movimente para cima”, informa o profissional da Safras & Mercado, que trabalha dentro da expectativa considerada pelo USDA de 29 a 30 milhões de toneladas da produção da Índia.
Não se considera, ao verificar essas tentativas frustadas de dar sustentação aos futuros de Nove York, alertas de déficits internacionais de açúcar, contando com uma quebra indiana que poderia bater, de acordo com algumas fontes, em 26 milhões de toneladas.
De acordo com o analista, uma quebra desse tamanho, somado à força do etanol no mercado brasileiro, daria potencial para a tela de março acima dos 14 c/lp.
Nem mordendo com toda força o mercado conseguiria tal reação.
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