Vai o porco inteiro: EUA definem que exportadores devem reportar vendas de carcaças

Porcos Suínos

As importações de carne suína pela China quase dobraram neste ano, à medida que uma doença fatal dizimou sua criação de porcos (Imagem: REUTERS/Ben Brewer)

O Departamento de Agricultura dos 💥️Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) afirmou nesta segunda-feira que exportadores de commodities devem divulgar as vendas de carcaças de porcos, dando a autoridades e operadores mais detalhes sobre um aumento nas compras de carne de porco pela 💥️China, que tem agitado os mercados globais do setor.

As importações de carne suína pela China quase dobraram neste ano, à medida que uma doença fatal dizimou sua criação de porcos, elevando os preços da proteína favorita do país a máximas recordes.

Suas aquisições de carnes bovina e de aves também aumentaram, uma vez que a China vasculha o mundo à procura de carnes que substituam os milhões de porcos mortos pela peste suína africana.

O USDA publicou um decreto com efeito imediato para especificar que exportadores devem reportar as vendas de carcaças suínas e bovinas, após seu Serviço Agrícola Exterior ter recebido consultas informais sobre o que precisa ou não ser declarado.

Anteriormente, exportadores tinham de relatar vendas de “cortes de carnes”. Operadores e analistas afirmaram que a regra não deixava clara a inclusão de diferentes tipos de carcaças.

De acordo com analistas, a China, maior consumidora de carne de porco do mundo, está comprando carcaças de suínos dos EUA de empresas como a Smithfield Foods, do WH Group, porque as processadoras do país necessitam do animal inteiro.

“O relato e a publicação oportuna de dados de exportações agrícolas são fundamentais para o funcionamento efetivo dos mercados”, disse o USDA em comunicado.

O USDA publica informações sobre as exportações de commodities do país semanalmente, o que pode alterar os preços futuros dos produtos agrícolas.

“Agora a regra é bastante clara”, disse Dennis Smith, corretor de commodities da Archer Financial Services.

“Isso nos dará uma perspectiva melhor sobre as carnes na China — de quanto porco eles realmente precisam.”

Os embarques de carcaças dos EUA para a China começaram em junho, após a Smithfield Foods, maior processadora de carne suína do mundo, reformular uma unidade na Virgínia para cortar porcos em três partes, visando exportações para a China em caixas. Os embarques atingiram um total de 78.390 toneladas até o final de setembro, ante 676 toneladas em 2017, de acordo com números do USDA.

A Smithfield não respondeu de imediato a um pedido por comentários.

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