Para Mourão, decisão de Trump reflete tensão no mercado internacional
“A ascensão da China abriu oportunidades para países como o nosso”, disse Mourão (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)
O vice-presidente da República, 💥️Hamilton Mourão, disse hoje hoje (2) na abertura do 13º Congresso Brasileiro da Construção Civil (Construbusiness), na Federação das Indústrias do Estado de 💥️São Paulo (💥️Fiesp), na capital paulista, que o governo brasileiro não está desvalorizando a moeda artificialmente, como afirmou o presidente dos 💥️Estados Unidos, 💥️Donald Trump.
Segundo Mourão reações como a de Trump ocorrem devido à tensão do mercado internacional causada pelo protagonismo do país nas relações comerciais com países como a 💥️China.
“Hoje mesmo tivemos no começo da manhã o presidente Trump dizendo que aumentará as tarifas do aço e do alumínio do Brasil e Argentina, porque estamos desvalorizando artificialmente nossas moedas. Não é isso que está acontecendo. Isso é característica dessa tensão geopolítica que nós estamos vivendo, que gera protecionismo. é um movimento anticíclico em relação à globalização”, disse Mourão.
Segundo ele, é preciso prestar atenção na China que ressurge carregando tradições milenares ao mesmo tempo em que é um moderno estado de nação e vem com ampliada e diversificada presença política e econômica.
“Daí esse choque entre EUA e China que é tecnológico, comercial, mas também é uma disputa de poder. A ascensão da China abriu oportunidades para países como o nosso, tanto dinamizando nossas exportações quanto no que se refere ao fomento do desenvolvimento científico, tecnológico e financiamento de infraestrutura.”
Ao discursar para uma plateia de empresários da construção civil, Mourão ressaltou que o setor sempre foi um dos motores de desenvolvimento no Brasil tem papel fundamental na retomada do emprego e do crescimento da nossa economia.
“Acreditro na proposta de fazermos uma transformação profunda da realidade brasileira e entre essas nossas metas está a construção de um novo ambiente de negócios no nosso país.”
Mourão disse ainda que empreender no Brasil é um desafio e há dificuldades para operar em um ambiente de negócios burocrático, defasado e com baixo dinamismo econômico.
“Por isso procurando colocar para todos que consideramos nossa missão principal retirar o peso do Estado das costas de quem investe, trabalha e produz. Por isso precisamos superar as diversas debilidades de gestões econômicas irresponsáveis que aconteceram no nosso país.”
O vice-presidente também citou que a existência de 14 mil obras paradas no país é reflexo de erros nos projetos de licitação e que, a partir de agora, o objetivo é resolver o problema.
Além disso, Mourão também falou que devido à não modernização do Estado e da falta de eficiência com uso do recurso público geraram uma dívida de quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB).
Mourão reforçou que o projeto do Brasil é o de se transformar na mais próspera democracia liberal do Hemisfério Sul, o que está sendo feito por meio de uma ambiciosa agenda, cuja pauta não vem emitindo sinais de declínio ou esgotamento.
“Ao contrário, as expectativas apontam para um desempenho maior e melhor em matéria de comércio, investimento e cooperação e ciência tecnologia, defesa, educação e outros setores”.
Segundo ele, em pouco mais de 300 dias de governo, os juros foram reduzidos ao menor patamar da história (5%), a taxa de inflação também é a menor desde 1998 e a geração de emprego já chegou a 850 mil postos de trabalho.
“O copo está meio cheio e não meio vazio. Esperamos gerar outros 4 milhões de empregos nos próximos três anos.” Ele ainda elogiou a aprovação das mudanças na Previdência e ressaltou a necessidade das reformas admistrativa e tributária, além da privatização e concessão de empresas públicas.
Sobre o meio ambiente, Mourão disse que esse é um tema sensível e fundamental para o Brasil, que é atacado constantemente. Ainda assim, disse que o Brasil é exemplo porque conta com uma das legislações mais avançadas do mundo, tem uma matriz energética com mais de 80% sendo renovável e tem a Amazônia que é o futuro do país, e que ser preservada.
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