Economia brasileira deve crescer 2,5% em 2023, diz CNI

Segundo a CNI, o PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país será puxado pela expansão do PIB industrial (Imagem: Reuters/Ralph Orlowski)

A economia brasileira consolidará o processo de retomada do crescimento em 2023, com expansão de 2,5%, depois de crescer 1,2% neste ano. A projeção foi divulgada  hoje (17) pela Confederação Nacional da Indústria (💥️CNI), no Informe Conjuntural Economia Brasileira.

Segundo a entidade, o Produto Interno Bruto (💥️PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) será puxado pela expansão do PIB industrial. A estimativa é que o setor cresça 2,8%, de acordo com a CNI.

Para a CNI, a atividade econômica também será impulsionada pelo aumento dos investimentos em 6,5%, em 2023. Para este ano, a previsão é que o PIB industrial cresça 0,7% e os investimentos, 2,8%. A previsão para o consumo das famílias é 1,9%, em 2023, e 2,2%, em 2023.

Segundo o estudo, a aceleração na economia na segunda metade deste ano é sinal de que haverá crescimento mais sólido nos próximos 12 meses.

De acordo com a CNI, os dados mais recentes indicam aumento do consumo, em consequência da queda da taxa básica de juros, a Selic, e da paulatina recuperação do mercado de trabalho.

Reformas

Para a confederação, as reformas implementadas em 2023, sobretudo a da Previdência, têm contribuído para um ambiente mais propício ao aumento do investimento, da produção e do consumo.

Entretanto, a entidade defende “maior celeridade e ambição na agenda pró-competitividade, com forco na reforma tributária”. Outra indicação é que sejam feitas reformas adicionais para conter o crescimento dos gastos públicos e promover equilíbrio fiscal duradouro.

Contas públicas

A CNI projeta que o déficit primário (despesas maiores que as receitas, sem considerar gastos com juros da dívida pública) deve representar 0,9% do PIB, em 2023, e 1,3% do PIB, em 2023.

A dívida pública bruta deve atingir 78,2% do PIB, em 2023, e 79,3% do PIB no próximo ano.

Inflação e emprego

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA) deve terminar 2023 em 3,78% e 2023, em 3,70%, abaixo da meta pelo quarto ano consecutivo.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2023, e 4% em 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros (Imagem: Facebook do Banco Central do Brasil )

A expectativa da CNI para a Selic é que permaneça no patamar estabelecido na última reunião do Copom, semana passada, em 4,5% ao ano ao longo de 2023.

A previsão da CNI para a taxa de desemprego é que caia de 12,3%, patamar atingido em 2018, para 11,9%, neste ano e 11,3%, em 2023.

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