Exportações de algodão travadas antes dão retorno em ano de preços baixos
Safra brasileira recorde, com ganhos nas vendas antecipadas antes das quedas de preços de 2023
O destaque do algodão em 2023 ultrapassa o recorde de produção. Foi a garantia de preços melhores com vendas travadas antes, quando as lavouras ainda estavam sendo plantadas, o que contornou o recuo das cotações ao longo da safra 18/19.
Em informe da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), 70% das exportações foram negociadas ainda com a precificação melhor, até fins do ano passado.
No período o Brasil se firmou como o maior exportador mundial da commodity, passando a Índia e ficando atrás dos Estados Unidos. Embarcou mais para a China, no buraco deixado pela guerra comercial com os Estados Unidos, e novas janelas abertas em outros países da Ásia. Só no segundo semestre foram embarcadas 900 mil toneladas.
Em média, os contratos de vendas foram negociados passando dos 70 centavos de dólar por libra-peso. Nesta quarta (18) está em 66.8 c/lp, subindo quase 0,60% (por volta das 15h40) na bolsa de commodities de Nova York (ICE Futures).
Até começo de setembro, as cotações estiveram sempre pouco acima de 56 c/lp.
O recuo foi graças também ao aumento da oferta brasileira – e o ganho de mercado da concorrência da fibra sintética. A produção, cuja finalização da colheita foi em julho, girou em torno 2,7 milhões em pluma, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ou 2,9 pelos dados dos produtores.
A produtividade foi mais elevada, de aproximadamente [email protected] por hectare (total de 1,6 milhão/hectares, mais 35%) em pluma, segundo a Abrapa.
E produtividade melhor absorve os custos de produção e os preços menores, para aqueles que não haviam antecipado as vendas.
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