Polícia do Pará indicia brigadistas de Alter do Chão por incêndio na Amazônia

Queimadas Amazônia

A polícia alega que os brigadistas tinham “informações e imagens privilegiadas dos focos de incêndio” que despertaram suspeita (Imagem: REUTERS/Lucas Landau)

A Polícia Civil do 💥️Pará indiciou brigadistas de Alter do Chão sob acusação de terem incendiado a floresta amazônica em uma área de proteção ambiental, na região de Santarém.

Cabe agora ao 💥️Ministério Público do Estado decidir se oferece denúncia, arquiva o inquérito ou se pede novas diligências.

“A Polícia Civil esclarece que o indiciamento se deu, pela prática em tese dos crimes de dano à Àrea de Proteção Ambiental e associação criminosa”, disse a Polícia Civil em nota.

“Todas as provas testemunhais, técnicas e perícias indispensáveis para caracterização do indícios de autoria e materialidade foram devidamente anexadas ao inquérito policial. Portanto a Polícia Civil encerrou os trabalhos relacionados à investigação em questão.”

No mês passado, quatro brigadistas de uma organização não-governamental que atua no combate a incêndios em Alter do Chão foram presos acusados de provocarem incêndios para conseguirem doações para sua organização.

Presidente Jair Bolsonaro

Após as prisões, o presidente Jair Bolsonaro lembrou que já havia ligado a alta das queimadas na Amazônia à atuação de ONGs (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

A polícia alega que os brigadistas tinham “informações e imagens privilegiadas dos focos de incêndio” que despertaram suspeita.

Nesta sexta, uma quinta pessoa foi indiciada, mas a Polícia Civil não deu os nomes dos indiciados.

Após as prisões, o presidente 💥️Jair Bolsonaro lembrou que já havia ligado a alta das queimadas na Amazônia à atuação de ONGs.

Os brigadistas foram depois soltos por determinação da Justiça para aguardarem a conclusão do inquérito em liberdade.

O episódio gerou reação internacional e de ambientalistas.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), chegou a trocar o delegado responsável pelo inquérito.

Procurado pela Reuters, o advogado Fernando da Nóbrega Cunha, que representa os brigadistas, disse que foi informado do indiciamento pela imprensa, que não teve acesso ao inquérito & apesar de ter se colocado como representantes dos brigadistas nos autos& e que não consta que testemunhas indicadas pela defesa tenham sido ouvidas e nem que uma perícia técnica tenha sido feita para atestar que o incêndio teve origem criminosa.

“O sentimento é de surpresa e de profunda injustiça”, disse o advogado, que classificou a investigação de “direcionada” e “tendenciosa”.

“Me parece que a investigação foi concluída sem que fossem feitas diligências básicas”, acrescentou o advogado, dizendo ainda que, se essas diligências forem feitas, ficará comprovada a inocência dos brigadistas.

A defesa pediu à Justiça que o inquérito seja devolvido para o delegado para que as diligências sejam realizadas.

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