Acordo China-EUA vai comer pelas beiradas exportações brasileiras do agro
Até o mamão geneticamente modificado americano a China já aprovou (Frutmel Frutas)
O salto projetado de exportações americanas do agronegócio à China, de US$ 14 bilhões para US$ 55 bilhões em dois anos, é um evidente exagero da propaganda de Washington e Pequim em defesa do acordo comercial. Mas as notícias das janelas que vão sendo abertas aos produtos dos Estados Unidos no maior mercado consumidor do mundo chamam a atenção.
Para o Brasil, fica cada vez claro que não haverá zona de conforto. O eterno entusiasmo sobre a enorme elasticidade de importações pelos chineses vai ter que ser revisado porque os espaços de compras daquele país vão sendo divididas com concorrentes comendo pelas beiradas.
Não se está falando aqui de um grande desastre aos embarques gerais brasileiros, mas perdas maiores ou menores se espalhando em várias cadeias.
Nesta segunda (30), o governo da China anunciou a liberação da soja transgênica dos Estados Unidos. E também o mamão geneticamente modificado, basicamente produzido no Havaí.
A soja americana vai perder a taxa de 25% recolhida nas importações e agora avança com a nova liberação. Já houve alerta de que o Brasil pode perder até US$ 10 bilhões em soja no mercado chinês com a concretização do acordo comercial, entre outros de Marcos Jank, professor do Insper e durante muito tempo presidente da Aliança Asia Brasil, baseado em Cingapura.
Marlos Correa, da InSoy Commodities, também já falou aqui em Money Times, que a oleaginosa americana já tem a vantagem da distância e dos menores custos portuários no frete para a Ásia.
Algodão também tem um cenário mais complicado na China, já que os Estados Unidos estão na liderança em exportações mundiais. Menos mal que o Brasil conquistou outros mercados na Ásia.
Desde novembro a China pressiona para os exportadores brasileiros de carne bovina e suína reduzam preços. A oferta mundial ao país não se sustenta sem o Brasil, mas o pouco que chega de outras origens vai tirando um pouco do mercado brasileiro lá.
E o gigante asiático já havia liberado as compras de carne suína americana mesmo antes do acordo ser anunciado, em sua primeira fase. Agora, as tarifas de importação também vão cair em todas as proteínas animal.
Agora, até o mamão. O Brasil mal alcançou um acordo sanitário com as autoridades chinesas para o melão, enquanto a China já libera até a fruta geneticamente modificada.
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