Commodities nesta semana: ajuda da Rússia ao Irã pode afetar o petróleo e o ouro

O mercado de commodities opera com tensão entre EUA e Irã (Imagem: REUTERS/Jessica Lutz)

Além da ameaça de “enriquecimento nuclear total” e “dura vingança” contra os Estados Unidos, feita pelo aiatolá Ali Khamenei, os investidores de commodities também devem ficar de olho na resposta de Vladimir Putin à tensão entre💥️ EUA e Irã, uma vez que o presidente norte-americano, 💥️Donald Trump, prometeu retaliar qualquer ação iraniana, atingindo 52 alvos localizados no país persa.

Isso porque, ao descontar as emoções tanto do líder supremo do Irã quanto do mandatário norte-americano, é possível ter uma visão mais clara dos objetivos do presidente russo e de como o segundo maior país produtor mundial de 

“Mas, embora Moscou tenha proferido críticas ao governo Trump por assassinar Soleimani, até agora a Rússia permaneceu em silêncio em relação ao que irá fazer sobre o assunto”, ressaltou Katz.

O professor concordou com um artigo de opinião do Moscow Times, dizendo que “não seria uma surpresa se a Rússia decidisse dar um passo além do simples apoio diplomático ao Irã, no intuito de proteger seus interesses no Oriente Médio, inclusive oferecendo assistência militar”.

💥️Auxílio da Rússia ao Irã pode provocar uma disparada no Brent, que já atingiu a marca de US$ 70, bem como os 

Ouro Semanal

Isso aconteceu depois que Riad ofereceu um corte por conta própria de 167.000 bpd, para atingir o objetivo de redução total da aliança de 2,1 milhões de bpd, ou 2,1% da oferta mundial.

Petróleo Brent Semanal

O dado sobre a remessa de 4,5 milhões de bpd, citado pela EIA para a semana encerrada em 27 de dezembro, foi o maior desde que os EUA retomaram as exportações de 

A produção norte-americana atingiu a máxima histórica de 12,9 milhões de bpd (Imagem: REUTERS/Nick Oxford)

Contudo, como assinala Sharma, sem contribuir com um barril sequer para os cortes da Opep+, os EUA, ao contrário, aumentaram suas exportações petrolíferas, em meio aos esforços da aliança para elevar os preços, que fizeram com que o barril do West Texas Intermediate (WTI) saísse das mínimas ao redor de US$ 26, em 2016, para quase US$ 65 atualmente.

Petróleo WTI Semanal

Por quê? Porque a saída da Rússia forçará a Arábia Saudita a aprofundar ainda mais os cortes, a fim de cumprir o compromisso de redução de 2,1 milhões de bpd atualmente em vigor.

Como os russos podem voltar a produzir a seu bel-prazer como os americanos, não se sabe se Riad terá capacidade, ou mesmo disposição, para realizar ainda mais cortes e não abandonar o pacto por completo.

De acordo com a Bloomberg, a Rússia produziu 11,244 milhões de bpd em média em novembro, apesar de ter prometido respeitar sua cota de até 11,191 milhões de bpd.

A produção russa continuou em tendência de alta em dezembro, quando o país extraiu mais de 11,252 milhões de bpd, cerca de 62.000 bpd acima da meta.

💥️Presença da Rússia na Opep+ exerce mais efeito psicológico

“O que a Rússia está fazendo, na verdade, é transmitir ao mercado uma mensagem de credibilidade e exercer um efeito psicológico, ao assumir compromissos de corte, pelo menos no papel, como no início do mês passado, quando excluiu os condensados”, declarou Sharma.

A Opep+ se reunirá novamente em Viena nos dias 4 e 5 de março, quando Moscou terá a oportunidade de tomar sua decisão.

Novak afirmou, em uma entrevista ao canal Rossiya24, que Moscou precisa proteger sua participação de mercado e deixar suas empresas de óleo e gás “desenvolver novos projetos”. Mas o ministro evitou comentar quando Moscou de fato sairá da Opep+.

Evidentemente, essa não é uma decisão que cabe a ele, mas a seu chefe, Putin, tomar.

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