Sidnei Nehme: onda otimista no mercado brasileiro é adiada por novas incertezas
Para o colunista, o país convivia com a fuga dos capitais especulativos face à expressiva queda do juro (Imagem: Unsplash/@phaelnogueira)
Estaria o 💥️mercado financeiro brasileiro aguardando uma sinalização mais consistente do capital estrangeiro em relação ao 💥️Brasil, após ter convivido com otimismo gerado em sua quase totalidade pela atuação quase solitária dos investidores nacionais,
Ao mesmo tempo em que o país convivia com a saída marcante dos investidores estrangeiros, que repercutiu sinalizando um fluxo cambial negativo financeiro da ordem de US$ 62,244 bilhões.
Enquanto o país convivia com a fuga dos capitais especulativos face à expressiva queda do juro, fato que retirou a atratividade do país como “oásis do capital especulativo internacional” forjado a partir de operações de “carry trade”,.
Ao mesmo tempo reagia positivamente com a mutação do perfil do investidor nacional que migrava da 💥️renda fixa para a renda variável fomentando movimentos antecipatórios a fluxos que ainda não haviam se materializados, mas sim na convicção de que as perspectivas favoráveis para o país eram sólidas e que a atratividade ao capital estrangeiro seria retomada logo ao início de 2023.
a atividade econômica e perspectivas de um crescimento sustentável do PIB em 2023 da ordem de 2,5%(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
Com isto a 💥️Bovespa repercutiu de forma considerável com valorização e o 💥️dólar que fora objeto de especulação face à queda do fluxo cambial, ofuscando a realidade de que o país tem situação cambial absolutamente tranquila, por fim ao término do ano de 2023 recuava após altas exuberantes ao em torno de R$ 4,01 com um perceptível viés de baixa.
O que tinha sido marginalmente considerado fato perturbador para o país e toda economia mundial que era o 💥️embate China-Estados Unidos, dava sinais ao final do ano de abrandamento e sinalizava avanços iniciais de acordo.
A atividade econômica e perspectivas de um crescimento sustentável do 💥️PIB em 2023 da ordem de 2,5%, e havia a percepção de sensível melhora da gestão da questão fiscal do país.
Ocorre que, o “affair” altamente estressante entre Irã e Estados Unidos colocou o mundo em alerta, e isto conduz investidores a postura defensiva, e isto pode estar criando incertezas quanto às perspectivas extremamente positivas para o Brasil.
Além disto, ”players” do mercado ainda posicionados no mercado de derivativos envolvendo câmbio futuro se valem deste momento e “requentam” como fatos novos fatos que haviam sido percebidos.
A 💥️queda da produção industrial de 1,2% na relação novembro/outubro ou mesmo quando resulta mais negativo quando confrontado com 2018 não deveria ser recebido como um fato “novo” negativo, visto que a nossa balança comercial já havia apontado a significativa queda das exportações de veículos automotivos, que puxa a fila do recuo, dado o problema argentino e ao fato do mercado externo para este importante item ser muito limitado.
Acreditamos que estes posicionamentos defensivos dos investidores estrangeiros tendam a ser amenizados no curto/médio prazo e, portanto, o otimismo em perspectiva sobre o Brasil seja retomado.
O comportamento da Bovespa e do próprio preço do dólar com discreta volatilidade deixa evidente que não há tendência sustentável, mas tão somente postura defensiva momentânea, que pode ser revertida no curto prazo.
As perspectivas para o Brasil neste ano de 2023 continuam alvissareiras, a despeito do surgimento de incertezas momentâneas que devem ter peso bem menor do que está sendo dado.
💥️Por Sidnei Moura Nehme
💥️Economista e Diretor Executivo da NGO Associados Corretora de Câmbio
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