BlackRock entra em iniciativa climática de US$ 41 trilhões
A BlackRock se une a mais de 370 investidores globais que já participam da iniciativa, que tem a ambição de se tornar a maior, a mais rica e possivelmente a mais benevolente que o mundo corporativo já viu (Imagem: REUTERS/Toru Hanai)
A 💥️BlackRock entrou com seu peso de quase US$ 7 trilhões em um grupo de investidores que pressionam grandes emissores de gases de efeito estufa a mudarem suas práticas.
A chegada da maior gestora de fundos do mundo é um marco significativo para o grupo Climate Action 100+, o que eleva o total de ativos sob gestão por seus membros para mais de US$ 41 trilhões.
A organização já conseguiu importantes vitórias em sua campanha de engajamento com gigantes corporativos que respondem por quase 70% das emissões industriais globais.
No ano passado, a BP concordou em detalhar a conformidade de seus investimentos com o acordo climático de 💥️Paris, depois que acionistas apoiaram uma resolução proposta pelo grupo ativista, que também conseguiu promessas da Royal Dutch Shell e da gigante de commodities Glencore.
“Este anúncio da BlackRock causará mudanças desconfortáveis nas salas de diretoria de grandes petroleiras, concessionárias de energia e de outras indústrias intensivas em carbono”, disse Mark Campanale, fundador e presidente da Carbon Tracker, em comunicado enviado por e-mail.
Pressão
A BlackRock se une a mais de 370 investidores globais que já participam da iniciativa, que tem a ambição de se tornar a maior, a mais rica e possivelmente a mais benevolente que o mundo corporativo já viu.
A Climate Action 100+ tenta convencer empresas a detalharem exatamente como as mudanças climáticas afetarão seus negócios, de modo que acionistas possam retirar dinheiro daquelas que não se preparam para o futuro.
“A decisão da BlackRock de assinar a Climate Action 100+ reforça que a maior gestora de ativos do mundo acredita que a mudança climática é um risco financeiro crescente para as empresas e para a economia global”, disse Mindy Lubber, membro do comitê diretivo da Climate Action 100+ e também presidente da Ceres, que faz campanhas por investimentos sustentáveis.
O envolvimento da empresa “envia um sinal poderoso às empresas para reduzirem emissões, melhorarem a governança corporativa e fortalecerem sua divulgação”.
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