Trump pede a líderes iranianos que “não matem manifestantes”
Donald Trump referia-se às manifestações contra o aumento do preço da gasolina, ocorridas em meados de novembro no Irã (Imagem: REUTERS/Tom Brenner)
O presidente dos Estados Unidos (💥️EUA), 💥️Donald Trump, pediu hoje (12) às autoridades de Teerã que não matem os manifestantes que participam dos protestos por causa do abate de um avião ucraniano.
“Aos líderes do 💥️Irã — não matem os VOSSOS MANIFESTANTES”, escreveu Trump na rede social Twitter, recorrendo a letras maiúsculas para acentuar o conteúdo da mensagem.
“O mundo está olhando. E, mais importante, os Estados Unidos estão olhando”, acrescentou o governante, reiterando o teor de outra mensagem, divulgada nesse sábado (11), na qual alertou o regime de que “não poderia acontecer outro massacre de manifestantes pacíficos”.
Donald Trump referia-se às manifestações contra o aumento do preço da gasolina, ocorridas em meados de novembro no Irã e que foram fortemente reprimidas pelas autoridades do país.
Mais de 300 pessoas morreram durante os protestos de novembro, segundo denunciou a Anistia Internacional.
Ontem, as agências internacionais relataram que centenas de iranianos estavam se manifestando em Teerã, gritando palavras de ordem contra o sistema e a Guarda Revolucionária do Irã por causa do abate do avião ucraniano, um Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines (UIA).
Todas as 176 pessoas, incluindo 82 iranianos, que seguiam a bordo do aparelho morreram no acidente.
Os manifestantes concentraram-se inicialmente na porta da Universidade de Tecnologia Amir Kabir, em Teerã, para acender velas em homenagem às vítimas, mas a vigília acabou em um protesto contra as autoridades iranianas.
A manifestação foi marcada também pela detenção, durante curto período, do embaixador britânico no Irã, Rob Macaire, por suposta participação nos protestos. Ele negou ter participado da manifestação contra as autoridades.
O protesto aconteceu após o Irã ter admitido responsabilidade na queda do avião da companhia ucraniana.
Teerã admitiu que o avião foi abatido inadvertidamente por militares iranianos, que o confundiram com um míssil de cruzeiro devido ao estado de alerta decretado por causa da recente escalada de tensão entre Washington e Teerã.
A declaração de Teerã foi dada depois de informações de alguns países, especialmente dos Estados Unidos e do Canadá, de que o aparelho poderia ter sido abatido, inadvertidamente, pelo sistema de defesa antiaéreo iraniano.
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