Mourão diz que governo pode convocar militares e ceder ao INSS
De acordo com o vice-presidente, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, está dialogando com o TCU (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
O presidente em exercício, 💥️Hamilton Mourão, disse hoje (23) que o 💥️Ministério da Defesa pode convocar os militares da reserva e cedê-los para o 💥️Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para reforçar o atendimento nas agências e reduzir o estoque de pedidos de benefícios em atraso. Essa seria uma alternativa à contratação direta desse pessoal pelo INSS.
Na semana passada, o governo anunciou que pretende contratar temporariamente cerca de 7 mil militares da reserva para atuar nos postos da previdência, pagando adicional de 30% na reserva remunerada.
Entretanto, para o 💥️Tribunal de Contas da União (TCU), com a contratação direta pelo INSS, o governo está rompendo o princípio da impessoalidade, ao direcioná-la exclusivamente para o grupo militar. Em caso de convocação, entretanto, não haveria o pagamento do adicional.
“Direciona porque é mais barato”, argumentou Mourão.
“Agora, existe forma de fazer sem colocar isso como rompimento da impessoalidade. O Ministério da Defesa convoca e cede, e não coloca diretamente sobre as mãos do INSS. Isso está sendo estudado pelo pessoal da área jurídica. Se for contratar civil, é contrato temporário, é mais caro. Tem que olhar a questão orçamentária”, explicou ao chegar ao gabinete da vice-presidência, no Palácio do Planalto, na tarde desta quinta-feira (23).
De acordo com o vice-presidente, o secretário especial de Previdência e Trabalho do 💥️Ministério da Economia, Rogério Marinho, está dialogando com o TCU e com a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência para ajustar o decreto que deverá trazer as regras de contratação.
A expectativa é que o acúmulo de processos no INSS caia para próximo de zero até o fim de setembro (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Hoje pela manhã, antes de embarcar para Índia, o presidente 💥️Jair Bolsonaro disse que o governo aguarda apenas esse ajuste com o TCU para iniciar o processo.
Para o presidente a medida está prevista na legislação e exige menos burocracia que a contratação de civis.
“Não é privilegiar militar, até porque não é convocação, é um convite, é a facilidade que nós temos desse tipo de mão de obra”, disse.
De acordo com o Ministério da Economia, caso haja o pagamento do adicional de reserva remunerada para os militares, a medida custará R$ 14,5 milhões por mês ao governo, mas o custo deve ser compensado pela diminuição da correção monetária paga nos benefícios concedidos além do prazo máximo de 45 dias depois do pedido.
A proposta inicial do governo é que os militares sejam treinados em fevereiro e março, devendo começar a trabalhar nos postos em abril.
A expectativa é que o acúmulo de processos no INSS caia para próximo de zero até o fim de setembro.
Segundo o governo, entre 2,1 mil e 2,5 mil funcionários do INSS, que hoje trabalham no atendimento presencial, serão remanejados para reforçar a análise dos processos.
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