PPI vai para Guedes, mas aceleração de privatizações segue dependendo de outros ministérios
A saída do PPI da Casa Civil foi anunciada nesta quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
A ida da secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o 💥️Ministério da Economia vai ao encontro de estrutura pensada por 💥️Paulo Guedes para equipe econômica ainda na campanha presidencial de 2018, mas não representa de imediato uma aceleração das privatizações no governo 💥️Jair Bolsonaro.
A saída do PPI da 💥️Casa Civil & e da aba do ministro 💥️Onyx Lorenzoni— foi anunciada nesta quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, numa investida que dará ainda mais poder a Guedes.
Em seu programa de governo para as eleições presidenciais, organizado por Guedes, Bolsonaro já havia apontado que “para atender o objetivo de enxugamento do Estado” seu futuro Ministério da Economia concentraria as funções dos ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Indústria e Comércio, bem como a secretaria executiva do PPI.
Após sua eleição, contudo, o presidente terminou alocando o PPI sob o comando do ex-ministro da secretaria de Governo, general Santos Cruz.
Após a demissão de Santos Cruz, o PPI foi, em julho, para a Casa Civil, sob os cuidados de Onyx.
Na prática, o aumento da insatisfação de Bolsonaro com seus subordinados tem dado a tônica da troca de casa do programa.
Depois de ver seu ministério esvaziado e no centro de uma série de confusões, Onyx, inclusive, decidiu encurtar suas férias e chega a Brasília na sexta-feira para reassumir o cargo e tentar contornar a crise na pasta.
Embora a ida do PPI para a Economia esteja em linha com o plano original de Guedes, fontes da equipe econômica ouvidas pela Reuters em condição de anonimato pontuaram que, de um lado, o maior gargalo para a venda de estatais não está na secretaria do programa, mas na indisposição dos ministérios responsáveis pelas empresas em tocarem o processo adiante.
Por ora, a ida do PPI para a secretaria de Mattar está sendo encarada como o caminho natural (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)
A própria lei que criou o PPI no governo do ex-presidente Michel Temer, em 2016, estabelece que cabe aos ministérios setoriais a tarefa de propor a inclusão das empresas no PPI e no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Diante da forte resistência do ministro da Ciência e Tecnologia (MCTIC),💥️ Marcos Pontes, em privatizar os 💥️Correios, por exemplo, chegou-se à solução de colocar essa possível venda “em estudo” no PPI.
“Mas o MCTIC atrasa esses estudos”, disse uma das fontes.
Em apresentação em São Paulo na véspera, o próprio secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, 💥️Salim Mattar, projetou que a privatização dos Correios ocorrerá somente em dezembro de 2023.
Para além dessa questão, duas fontes do time econômico destacaram que o PPI também cuida das concessões, além das privatizações. E que os assuntos são “bichos diferentes”.
Por ora, a ida do PPI para a secretaria de Mattar está sendo encarada como o caminho natural para a reacomodação do programa no Ministério da Economia.
Mas sua efetivação, na prática, representará colocar o tema das concessões também sob a supervisão de Mattar, que já tem sido cobrado & interna e externamente& pelo lento avanço na frente das privatizações.
Segundo a Reuters apurou, Guedes pediu nesta quinta-feira que seu time se reunisse com a equipe atual do PPI para desenhar a estrutura sob a qual funcionará o programa.
A proposta deve ser apresentada ao ministro na segunda-feira, para que ele então bata o martelo.
A secretária do PPI, Martha Seillier, esteve nesta tarde no prédio da Economia para reunião com o secretário executivo da Economia, Marcelo Guaranys, e com a chefe da assessoria especial do ministro, Daniella Marques.
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