Trump estuda sair do acordo de compras governamentais da OMC; US$ 1,7 tri em jogo
Autoridades do governo Donald Trump estão circulando um projeto de ordem executiva que resultaria na saída dos EUA se o pacto não for reformado segundo a visão norte-americana (Imagem: Pixabay)
Os 💥️Estados Unidos estudam um plano para sair de um pacto global de contratos governamentais avaliados em US$ 1,7 trilhão, disse uma pessoa com conhecimento do assunto, em uma medida que pode irritar aliados próximos durante um momento delicado do 💥️comércio.
Autoridades do governo Donald Trump estão circulando um projeto de ordem executiva que resultaria na saída dos EUA do Acordo sobre Compras Governamentais (GPA, na sigla em inglês) da 💥️OMC, se o pacto não for reformado segundo a visão norte-americana, de acordo com a pessoa, que pediu para não ser identificada.
Um porta-voz do gabinete do representante comercial dos EUA (USTR) não respondeu imediatamente aos e-mails com pedido de comentários.
O objetivo do GPA é abrir mercados de compras governamentais à concorrência estrangeira e ajudar a tornar compras públicas mais transparentes.
A saída dos EUA criaria um caos para empresas estrangeiras que buscam acesso ao mercado de compras públicas dos EUA, avaliado em US$ 837 bilhões, e complicaria as negociações comerciais que o governo norte-americano planeja com o 💥️Reino Unido e com a 💥️União Europeia.
A saída dos EUA criaria um caos para empresas estrangeiras e complicaria as negociações comerciais que o governo norte-americano planeja com o Reino Unido e com a União Europeia (Imagem: Reuters/Francois Lenoir)
Também poderia causar problemas para o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, 💥️que ainda precisa negociar acordos com seus rivais políticos para garantir a ratificação do Acordo EUA-México-Canadá (USMCA); o 💥️Canadá é o único signatário do novo Nafta que ainda precisa ratificar o acordo de livre comércio. As compras governamentais foram um ponto polêmico no USMCA.
Produtos dos EUA
A saída dos EUA do GPA significaria que membros como Reino Unido, 💥️Japão, 💥️Coreia do Sul, Canadá e UE perderão seu acesso preferencial a licitações norte-americanas. Membros do GPA ficariam sujeitos ao “Buy American Act”, que bloqueia a maioria de empresas estrangeiras aos contratos do governo dos EUA sem uma isenção específica. A lei não se aplica a compras estrangeiras de contratos de serviços públicos dos EUA.
Os EUA concederam US$ 12 bilhões em contratos para empresas estrangeiras em 2015, de acordo com relatório de 2023 do Government Accountability Office. Cerca de US$ 2,8 bilhões desses contratos foram para a UE, US$ 1,1 bilhão para o Japão, US$ 755 milhões para a Coreia do Sul e US$ 623,6 milhões para o Canadá.
Não é a primeira vez que o governo Trump chama a atenção para o GPA. Em uma ordem executiva emitida apenas três meses após a posse de Trump em 2017, o Departamento de Comércio e o USTR tiveram 150 dias para avaliar os impactos de todos os acordos comerciais dos EUA e do GPA na operação da legislação Buy American.
Se adotada, a medida dos EUA se encaixaria no padrão de ameaça de Trump de sair de pactos internacionais a fim de aumentar a alavancagem nas negociações, mesmo quando a parte do outro lado da mesa for um aliado próximo.
Tarifas do aço
“Parece normal devido à forma como a administração está operando”, disse Stuart Harbinson, ex-representante da OMC e consultor sênior de comércio internacional da agência de comunicações Hume Brophy, com sede em Bruxelas. “Sua atitude geral é que a OMC precisa deles mais do que eles da OMC.”
Os EUA impuseram tarifas às importações de aço e alumínio antes de negociar um acordo de livre comércio atualizado com México e Canadá (Imagem: Divulgação/Gerdau/Facebook)
Os EUA impuseram tarifas às importações de 💥️aço e alumínio antes de negociar um acordo de livre comércio atualizado com 💥️México e Canadá. Trump também renovou as ameaças de cobrar impostos sobre as exportações de carros da UE, enquanto os dois lados tentam reiniciar as negociações paralisadas sobre um acordo comercial.
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