Dólar fecha a R$ 4,35 com preocupações sobre coronavírus

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Dólar à vista subiu 0,66%, a 4,358 reais na venda (Imagem: Reuters/Ricardo Moraes)

O 💥️dólar fechou em nova máxima histórica nesta terça-feira, perto de 4,36 reais, com as operações domésticas refletindo o dia de amplos ganhos para a moeda norte-americana no exterior ainda por receios em torno do coronavírus.

O índice do dólar contra uma cesta de moedas de países ricos escalava a máximas desde 1º de outubro do ano passado, com várias moedas emergentes em queda, diante de renovadas preocupações sobre os impactos do coronavírus na economia global após Apple e HSBC emitirem alertas sobre os efeitos da epidemia em suas operações.

A terça-feira não contou com oferta líquida de moeda pelo Banco Central, assim como na segunda-feira e diferentemente de quinta e sexta da semana passada, quando o BC colocou um total de 2 bilhões em swaps cambiais para frear a performance pior do real ante seus pares.

Nos últimos dois pregões sem intervenção do BC (a véspera e esta terça), o dólar acumulou alta de 1,32%, mais do que apagando a queda acumulada de 1,14% na quinta e sexta da semana passada, dias com atuação do BC.

Nesta terça, porém, mesmo com o dólar batendo novo recorde, o real não encabeçou as perdas nos mercados globais de câmbio, com a lista liderada por coroa sueca, coroa tcheca e dólar neozelandês. O movimento sugere que a taxa de câmbio está mais alinhada aos pares.

Há pouco, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, repetiu que o câmbio é flutuante e que o BC pode atuar novamente no mercado cambial se identificar problemas de liquidez ou movimento exagerado.

O dólar à vista subiu 0,66%, a 4,358 reais na venda, novo recorde nominal para um encerramento de sessão, deixando para trás a máxima anterior & de 4,3506 reais alcançada na quarta-feira da semana passada, dia 12.

Todas as nove mais altas cotações nominais de fechamento para o dólar foram registradas neste mês de fevereiro.

Na 💥️B3 (💥️B3SA3), o 💥️dólar futuro tinha alta de 0,66%, a 4,3585 reais.

No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas escalava a máximas desde 1º de outubro do ano passado, com várias moedas emergentes em queda.

Os ganhos do dólar no Brasil tiveram como pano de fundo novas revisões para baixo nas expectativas para a economia, vetor que tem pressionado o câmbio nas últimas semanas, já que prejudica o cenário para mais entrada de capital. Apenas nesta terça pelo menos Citi e MUFG baixaram as projeções, depois de dias atrás JPMorgan, Itaú Asset Management e UBS fazerem o mesmo.

Pesquisa do Bank of America divulgada nesta terça mostrou que a maior parte dos gestores consultados ainda prevê alguma apreciação do real neste ano, mas com uma maioria menor. A sondagem mostrou que 63% projetam dólar abaixo de 4,20 reais ao fim de 2023, contra 72% no mês passado.

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