Receio de 1º trimestre com coronavírus ofusca PIB de 2023
O impacto do coronavírus leva economistas a preverem um PIB mais fraco ou até mesmo negativo no 1º trimestre de 2023 (Imagem: Reuters/Adriano Machado)
O resultado do 💥️PIB de 2023, o primeiro ano do governo de💥️ Jair Bolsonaro, será ofuscado pelo receio de um enfraquecimento ainda maior da economia no início deste ano.
O impacto do coronavírus, somado à frustração com os dados recentes de atividade, leva economistas a preverem um PIB mais fraco ou até mesmo negativo no 1º trimestre de 2023.
O Brasil pode ter encerrado o último ano com um crescimento de 0,6% na comparação trimestral e 1,6% no comparativo anual, segundo estimativa de economistas para o PIB, que o 💥️IBGE divulga no dia 4 de março.
A importância do número do quarto trimestre se perdeu um pouco porque o coronavírus tende a impactar este começo de ano, diz Gustavo Rangel, economista-chefe para 💥️América Latina do ING em Nova York.
A economia brasileira deve crescer cerca de 0,3% neste primeiro trimestre, mas “não dá para descartar um dado negativo”, disse Mario Mesquita, economista-chefe do 💥️Itaú Unibanco, durante evento em São Paulo no dia 19. Para ele, o choque do coronavírus é de oferta e demanda.
As preocupações com o impacto do coronavírus no Brasil e na economia global aumentaram nesta semana, que pode ser a pior para as 💥️bolsas desde a crise financeira de 2008. As commodities, que têm elevado peso nas exportações brasileiras, caem pelo 5º dia seguido.
Bancos como o BNP, BofA, UBS e MUFG reduziram a previsão para o PIB brasileiro em 2023.
Mesmo antes do surto deflagrado na China, o mercado já vinha questionando o otimismo com a retomada do crescimento após dados decepcionantes da indústria e varejo no final do ano passado.
Sem contabilizar o efeito do coronavírus, este primeiro trimestre de 2023 já deve ser negativo na margem, com retração de 0,2%, diz José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.
“Não há como crescer” em um cenário em que o surto afeta negativamente a demanda externa e ao mesmo tempo a política fiscal continua contracionista, segundo ele.
“Há risco de um crescimento mais fraco ou mesmo queda”, diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, sobre os primeiros três meses deste ano. Ele diz que ainda é cedo para falar deste trimestre, mas observa que todo o cenário dos primeiros meses compromete de forma importante a dinâmica do ano. Vale ainda prevê 2% de crescimento para 2023, mas admite que o número agora é teto.
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