Como montar uma carteira de ativos para aposentadoria à prova de recessão?
A alocação de ativos em uma carteira de aposentadoria depende muito das necessidades individuais (Imagem: Agência Brasil/Marcelo Camargo)
Recessões e mercados de baixa são inevitáveis. Por isso, será que é possível montar uma carteira de ativos para aposentadoria à prova de recessão?
Apesar de não existir uma solução que funcione para todo tipo de investidor, a alocação de ativos em uma carteira de aposentadoria depende muito das necessidades individuais, do horizonte de tempo e da tolerância ao risco de cada um.
Ao aplicar esses critérios, é possível pelo menos minimizar os riscos durante uma recessão econômica e ciclos de baixa do mercado.
Esse tópico está ganhando relevância novamente, já que os mercados ao redor do mundo estão sob pressão por causa da disseminação do 💥️coronavírus, o que está prejudicando cadeias de fornecimento mundiais, acabando com planos de viagem e forçando algumas das maiores empresas do mundo a cortar suas previsões de resultados.
Enquanto os investidores se preocupavam com o possível impacto econômico do vírus, todos os principais índices americanos apresentavam forte correção ontem.
O S&P 500 caiu 4,4%, o declínio mais rápido em relação a um topo histórico desde pelo menos 1980, de acordo com o serviço 💥️ O crescimento das receitas das empresas norte-americanas ficará estagnado em 2023, de acordo com o Goldman Sachs (Imagem: Unsplash/@viniciusamano) Ainda não está claro até quando essa doença durará ou qual será seu impacto na economia mundial. Mas os analistas estão cada vez mais convencidos de que as chances de uma recuperação na forma de V são baixíssimas. O crescimento das receitas das empresas norte-americanas ficará estagnado em 2023, de acordo com o 💥️Goldman Sachs, que revisou suas estimativas de resultados para o ano de US$ 174 para US$ 165 por ação, ou seja, um crescimento de 0%. “As empresas norte-americanas não terão crescimento de resultados em 2023”, declarou David Kostin, estrategista-chefe de renda variável do Goldman, em uma nota aos clientes na quinta-feira. “Atualizamos nosso modelo de resultados para incorporar a probabilidade de que o vírus se espalhe de forma generalizada”. Uma estratégia bastante recomendada quando surgem os primeiros sinais de recessão é aumentar a posse de dinheiro e títulos públicos, a fim de evitar a volatilidade excessiva em um portfólio de longo prazo. Mas isso não significa que você precise evitar totalmente as ações, que, apesar dos seus altos e baixos, continuam sendo a classe de ativos com melhor desempenho no longo prazo. O Charles Schwab, banco dos 💥️EUA com US$ 3,7 trilhões de fundos sob gestão, recomenda deter 50% em ativos de renda fixa, como títulos públicos, 30% em dinheiro e 20% em ações para um portfólio conservador. Quando os riscos econômicos crescem, os investidores costumam procurar refúgio em ativos como títulos do governo (Imagem: REUTERS/Bryan R Smith) A quantidade de até 30% alocado em dinheiro é recomendada para aposentados conservadores, pois lhes permite cobrir os custos de vida sem ter que vender ações enquanto o mercado passa por uma depressão ou se recupera de uma baixa. Para o componente de ações da carteira, é importante buscar setores do mercado que sejam defensivos e tenham bom desempenho em um cenário econômico adverso. Quando os riscos econômicos crescem, os investidores costumam procurar refúgio em ativos como títulos do governo. Ao tentar se preparar para o pior cenário – em que as vendas de ações provocadas por uma recessão jogam os índices de referência para o território negativo –, os investidores inteligentes vinham comprando ações dos setores de serviços públicos e produtos de consumo básico, além de cotas em fundos de investimento imobiliário nos últimos 12 meses. Entre as ações de serviços públicos com melhor desempenho nos EUA estão as da American Water Works, que já se valorizaram 6% no ano, quando o S&P 500 apresenta uma queda de 9%. A Evergy Inc, que atende clientes no Kansas e Missouri, é outra ação que ainda está em território positivo, subindo 2,9% desde o início de 2023, apesar de um forte baque nesta semana. Não há dúvidas de que as cotações desses ativos de segurança parecem caras depois dos grandes e contínuos fluxos do ano passado (Imagem: Reuters/Aly Song) Essas áreas do mercado são conhecidas por apresentar melhor desempenho em tempos de aflição. Enquanto os investidores passam por momentos de adversidade, essas ações continuam fornecendo retornos regulares na forma de dividendos e distribuições. Esses papéis de alto rendimento se tornam mais atraentes à medida que o banco central corta as taxas de juros para evitar uma recessão, reduzindo, com isso, o rendimento dos títulos públicos. Não há dúvidas de que as cotações desses ativos de segurança parecem caras depois dos grandes e contínuos fluxos do ano passado, mas a corrida por cobertura não cessará enquanto os investidores continuarem precificando taxas de juros mais baixas em seus modelos. Maiores alocações em títulos públicos e dinheiro, diversificação e aquisição de ações tradicionalmente seguras, como as de serviços públicos, são algumas estratégias populares para jogar na defensiva no mercado, quando é praticamente impossível evitar correções. Portanto, embora continue sendo verdade que os investidores devem evitar alterar suas ações com muita frequência em reação a eventos de curto prazo, vale a pena olhar com cuidado os investimentos, a fim de garantir que sejam ao máximo possível à prova de recessão.💥️Montando uma carteira defensiva
💥️Resumo
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