Petróleo amarga 20% a níveis da Guerra do Golfo e arrasa bolsas globais
Tamanha volatilidade se deve a retaliação saudita ante a Rússia, após fracasso das negociações sobre a restrição da produção mundial de petróleo (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)
O preço do 💥️petróleo desabou a níveis que não eram vistos desde 1991, durante a Guerra do Golfo. Nesta segunda-feira (9), o 💥️petróleo Brent, negociado na bolsa de 💥️Londres, caía 19,49%, a US$ 36,72 às 06h49 (horário de Brasília). A queda acentuada ameça 💥️empresas dependentes do setor petrolífero, como a estatal brasileira 💥️Petrobras (💥️PETR3; 💥️PETR4).
Tamanha volatilidade se deve a retaliação saudita ante a 💥️Rússia, após fracasso das negociações sobre a restrição da produção mundial de petróleo para atenuar os efeitos econômicos da epidemia do novo 💥️coronavírus (Covid-19).
A 💥️Organização dos Países Exportadores de Petróleo (💥️Opep) costurava um acordo com a Rússia há três anos, mas a recusa de Moscou em apoiar cortes mais profundos na produção petrolífera incendiou a reação da 💥️Arábia Saudita, líder da Opep.
A recusa de Moscou em apoiar cortes mais profundos na produção petrolífera incendiou a reação da Arábia Saudita, líder da Opep (Imagem: Reuters/Leonhard Foeger)
O governo saudita decidiu reduzir drasticamente o preço do petróleo e impulsionar a produção, conforme reportagem do 💥️The Wall Street Journal, que observa a reação dos investidores à decisão do reino tendo em vista a demanda incerta desencadeada pelo Covid-19.
Há uma forte procura por títulos do Tesouro dos 💥️EUA e outros ativos de segurança, como o 💥️ouro.
Guerra de preços
Os papéis da Saudi Aramco despencaram 9,1% (Imagem: Reuters/Maxim Shemetov)
No 💥️Oriente Médio, a estatal saudita Aramco já sente a mordida da guerra de preços da 💥️commodite, que resultou na decaída das 💥️ações para abaixo do preço de oferta pública inicial (💥️IPO). O mercado saudita fechou o pregão com desvalorização de 8,3%.
Os papéis da Saudi Aramco despencaram 9,1%, a 30 riyals (US$ 8), 💥️a queda percentual diária mais intensa que levou a cotação abaixo dos 32 riyals da estreia.
Na 💥️Ásia e Oceânia, as principais bolsas sentiram os reflexos da desvalorização do petróleo. 💥️Austrália e 💥️Japão lideraram as perdas, tombando mais de 7% e 5%, respectivamente. 💥️Hong Kong, 💥️Coreia do Sul e índices da 💥️China também ficaram no vermelho.
A 💥️Europa já nota o baque na abertura das operações no continente. Londres afundava quase 8%, Paris beirava 7% e Frankfurt minguava às 06h49 (horário de Brasília).
(Com Reuters e The Wall Street Journal)
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