Setor de gás de xisto dos EUA enfrenta pior crise do petróleo
As cotações do petróleo nos EUA registraram a maior queda desde a década de 1990, para menos de US$ 28 o barril (Imagem: Pixabay)
Produtores de 💥️gás de xisto dos 💥️Estados Unidos nunca enfrentaram uma crise de petróleo como esta.
💥️O racha entre a 💥️Rússia e os aliados da 💥️Opep na semana passada desencadeou uma guerra de preços.
As cotações do petróleo nos EUA registraram a maior queda desde a década de 1990, para menos de US$ 28 o barril, o que deixou amplos segmentos da indústria petrolífera dos EUA no vermelho.
Ações e títulos de produtores de gás de xisto eram negociados com perdas na segunda-feira. O índice de energia do S&P 500 teve a pior baixa intradiária já registrada.
É um desastre para os chamados “frackers” dos EUA, como Chesapeake Energy e Whiting Petroleum, que já eram negociadas em níveis distressed, o que torna a inadimplência e pedidos de recuperação judicial quase certos.
Depois de gastar centenas de bilhões de dólares na última década, o setor tem decepcionado constantemente investidores e acumulado enormes dívidas.
Agora, esses produtores estão encurralados, cada vez mais excluídos do mercado de capitais.
Bancos já se 💥️preparavam para cortar linhas de crédito depois de registrarem perdas contábeis de até US$ 1 bilhão em empréstimos para o setor de gás de xisto no ano passado.
A crise poderia marcar o fim de uma expansão histórica que colocou os EUA em 💥️destaque na produção mundial de petróleo.
Na segunda-feira, os produtores de gás de xisto Diamondback Energy e Parsley Energy disseram que vão reduzir o número de plataformas de perfuração em resposta à queda dos preços.
O ciclo de expansão e retração é tão antigo quanto a própria indústria do petróleo.
O atual colapso dos preços lembra 1986, quando a 💥️Arábia Saudita abandonou as tentativas de sustentar um mercado saturado e que bombeava à vontade, fazendo com que os futuros do petróleo caíssem em mais da metade em questão de meses.
Hoje, a Bacia do Permiano produz mais de 5 milhões de barris, volume maior do que o do Iraque, e representa mais de 30% da produção total dos EUA.
As empresas de gás de xisto resistiram à última grande desaceleração em 2018, tendo reduzido custos e avançado com os planos de perfuração.
Desta vez, estão em uma posição financeira mais precária e não podem se dar ao luxo de continuar a expansão em meio ao excesso de oferta.
“Esta indústria deu um tiro no pé com um drástico crescimento da produção de gás de xisto”, disse Dan Pickering, fundador e diretor de investimentos da Pickering Energy Partners, gestora de ativos de Houston.
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