Bancos centrais seguem Fed e injetam liquidez nos mercados
As injeções de capital ocorrem em meio à onda de vendas em quase todos mercados e ativos, enquanto empresas correm para emitir notas promissórias (Imagem: Divulgação/Banco Central do Japão)
Bancos centrais do 💥️Japão à 💥️Austrália se uniram ao 💥️Federal Reserve para injetar liquidez nos mercados, uma tentativa de acalmar empresas em pânico e segurar o avanço das 💥️taxas de juros de curto prazo.
O Banco do Japão ofereceu comprar 200 bilhões de ienes (US$ 1,9 bilhão) em títulos em uma operação não programada e disse que se prepara para comprar mais dívida. O Reserve Bank of Australia injetou 8,8 bilhões de dólares australianos (US$ 5,5 bilhões) por meio de operações compromissadas diárias.
A corrida global de empresas por dinheiro devido à propagação do surto de 💥️coronavírus pressiona mercados de financiamento. Na quinta-feira, o Fed prometeu oferecer mais de US$ 5 trilhões em dinheiro para combater os sinais de descontrole do mercado.
“Um período mais longo de atividade econômica fraca, em meio à ameaça do vírus, ameaça restringir a liquidez de empresas e de alguns soberanos”, disse Ayako Sera, estrategista de mercado do Sumitomo Mitsui Trust Bank, em Tóquio.
As injeções de capital ocorrem em meio à onda de vendas em quase todos mercados e ativos, enquanto empresas correm para emitir notas promissórias. Nem o mercado de renda fixa escapa, e investidores vendem títulos de dívida do Japão à Austrália enquanto se refugiam no dólar.
“O medo é tão extremo que a ideia é vender tudo”, disse Kong Dongrak, estrategista de renda fixa da Daishin Securities, em Seul.
As medidas do BOJ e do RBA não impediram as vendas nos mercados de títulos.
Apesar da injeção de liquidez do RBA, que seria a maior desde pelo menos novembro de 2013, o rendimento dos títulos de 10 anos da Austrália chegou a subir 32 pontos-base, o maior salto desde outubro de 2008.
A primeira oferta do BOJ na sexta-feira para comprar 500 bilhões de ienes de títulos do governo com operações compromissadas atraíram apenas 500 milhões de ienes, pois anos de flexibilização quantitativa inundaram os mercados do país com dinheiro.
Ampla liquidez
O BOJ divulgou comunicado se comprometendo a fornecer “ampla liquidez com operações de mercado”. Entre as medidas a serem adotadas, o banco central continuará comprando mais títulos conforme necessário, além de atuar para manter a estabilidade nos mercados de operações compromissadas.
“O BOJ provavelmente está fazendo o que pode, mas a medida de comprar JGBs imediatamente pode ser muito pouco para o nível de crise observado nos mercados no momento”, disse Eiichiro Miura, gestor-geral do departamento de renda fixa da Nissay Asset Management, antes do último comunicado do banco central.
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