Maior indústria de metais preciosos se prepara para coronavírus

Ouro

A indústria de metais do grupo platina emprega cerca de 164 mil pessoas na África do Sul (Imagem: REUTERS/Edgar Su)

As minas de 💥️platina e 💥️ouro da 💥️África do Sul, que juntas formam a maior indústria de metais preciosos do mundo, já se preparam para evitar que o surto de coronavírus interrompa as operações, onde centenas de milhares de pessoas trabalham em contato muito próximo.

Empresas como Anglo American Platinum e Sibanye Stillwater se preparam para uma série de ações, como medir a temperatura de trabalhadores antes de que entrem em elevadores estreitos para descer até 3,8 kilômetros em minas subterrâneas e incentivar funcionários a revelar se são portadores de 💥️HIV.

As empresas também distribuem vacinas contra a gripe e mudam a maneira como são feitos os exames médicos.

A indústria de metais do grupo platina emprega cerca de 164 mil pessoas na África do Sul. O setor de ouro, apesar de estar em declínio, tem 95 mil trabalhadores.

Juntos, geram cerca de 200 bilhões de rands (US$ 12 bilhões) em vendas anuais, e os metais estão entre as maiores exportações do país.

“Definitivamente, somos bastante vulneráveis, porque o vírus é facilmente transmitido em áreas onde há reunião de pessoas”, disse Thuthula Balfour, responsável de saúde da Minerals Council South Africa, que representa a maioria das empresas de mineração que operam na África do Sul.

“Quando nossos trabalhadores entram em minas subterrâneas, estão em contato muito próximo.”

Albergues apertados

A profundidade das minas torna as condições operacionais únicas e particularmente intensivas em mão de obra. No subsolo, os mineiros são expostos a altas temperaturas e umidade e, quando retornam à superfície, alguns moram em albergues apertados.

Embora o surto de 💥️coronavírus ainda não tenha infectado muitas pessoas na África do Sul, com apenas 62 casos confirmados, no domingo o presidente Cyril Ramaphosa declarou emergência nacional, implementou restrições de viagens, fechou escolas e proibiu grandes eventos.

Além da preocupação das empresas de mineração, existem os problemas respiratórios na África do Sul, que tem o maior número de infecções por HIV do mundo e centenas de milhares de pessoas com tuberculose. A poeira de sílica gerada nas minas de ouro já afetou os pulmões de muitos trabalhadores, deixando-os expostos a doenças respiratórias.

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