Boeing avalia medidas drásticas à espera de resgate de US$ 60 bilhões
Agora a empresa avalia demissões, uma pausa na produção e redução do orçamento de pesquisa entre várias opções de corte de custos (Imagem: Reuters/Lindsey Wasson)
Com um pedido de ajuda em Washington, a 💥️Boeing mapeia uma série de medidas drásticas que podem ser necessárias para economizar caixa durante a forte e rápida queda da demanda por viagens aéreas que ameaça a sobrevivência da empresa.
A fabricante de aeronaves já sentia o impacto do aterramento do 737 Max após dois desastres aéreos, o que custou bilhões de dólares em indenizações aos clientes.
Agora a empresa avalia demissões, uma pausa na produção e redução do orçamento de pesquisa entre várias opções de corte de custos, disseram pessoas a par do assunto.
Além do aperto financeiro causado pela crise do coronavírus, a fábrica da Boeing em Everett, Washington & a maior da empresa & enfrenta risco crescente de paralisação por causa de um surto entre trabalhadores, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada.
A Boeing pressiona o Congresso por um pacote de ajuda de pelo menos US$ 60 bilhões, principalmente para a empresa, mas parcialmente para fornecedores.
Como fabricante do caça F-15 e a única nos EUA que fabrica grandes jatos de passageiros, é uma das poucas empresas americanas que poderia ser considerada uma campeã nacional.
Mas sua reputação manchada pelo aterramento do 737 Max é um obstáculo potencial à capacidade de conseguir os fundos. O objetivo encontrou outro desafio na quinta-feira, quando a Boeing divulgou a renúncia repentina de Nikki Haley como membro do conselho.
A ex-governadora republicana da Carolina do Sul, que foi embaixadora do presidente 💥️Donald Trump nas Nações Unidas, disse que discordava do pedido de resgate.
“Não posso apoiar uma iniciativa de contar com o governo federal para estímulo ou resgate que priorize nossa empresa em detrimento de outras e se apoie nos contribuintes para garantir nossa posição financeira”, escreveu Haley. “Há muito tempo tenho fortes convicções de que esse não é o papel do governo.”
Pressão crescente
Embora a decisão sobre demissões ou outras medidas de cortes de custos não sejam iminentes, de acordo com a pessoa a par do assunto, os preparativos para apertar o cinto refletem a pressão crescente sobre a Boeing e clientes.
A Deutsche 💥️Lufthansa reduziu a escala de voos para os níveis de 1955, enquanto a 💥️Delta Air Lines e a 💥️American Airlines vão aterrar, juntas, mais de mil jatos, já que aéreas dos EUA buscam seu próprio resgate de US$ 50 bilhões.
“A Covid-19 é a maior ameaça de todos os tempos ao ecossistema de companhias aéreas/aeroespaciais e indica fortes cortes de produção e problemas de liquidez” para a Boeing, disse Cai von Rumohr, analista da Cowen & Co. “É difícil dizer até onde as ações podem cair.”
O investidor ativista Bill Ackman, que comanda a Pershing Square Capital Management, disse nesta semana que a Boeing não sobreviverá sem ajuda do governo.
Se as companhias aéreas interromperem os pagamentos dos jatos encomendados pelos próximos seis meses, a empresa poderá precisar de outros US$ 25 bilhões para cobrir os custos de manter os fornecedores em operação, disse Myles Walton, analista do UBS, em relatório de 18 de março.
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