Dólar bate novo recorde e fecha a R$ 5,32 com exterior arisco
No acumulado da semana, a moeda subiu 4,30%, engatando a sétima semana consecutiva de valorização, período em que somou ganhos de 23,83% (Imagem: REUTERS/Rahel Patrasso)
O 💥️dólar engatou a sétima semana consecutiva de ganhos e fechou nesta sexta-feira acima de 5,32 reais pela primeira vez, em mais um dia de fortalecimento global da moeda diante de evidências crescentes de que o mundo já está numa recessão que deverá ser de magnitude histórica.
Ativos de risco se desvalorizaram depois de dados mostrarem que a 💥️economia norte-americana fechou mais de 700 mil postos de trabalho, em termos líquidos, em março. O número pôs fim a uma série recorde de uma década de geração de empregos e veio bem pior que o esperado, o que elevou temor de que a economia dos 💥️EUA possa entrar numa recessão mais profunda do que a já esperada.
No Brasil, a atividade do setor de serviços & a de maior peso na economia& 💥️contraiu a um ritmo recorde em março, reforçando sinais de iminente recessão, o que golpeia expectativas de melhora no fluxo cambial.
“Em nossa visão, o fluxo positivo do lado comercial vai se reduzir nos próximos meses, o que pode resultar num fluxo cambial total ainda mais negativo”, disse o 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11) em nota, citando que os dados do fluxo de câmbio ainda mostram superávit na conta comercial e visível déficit nas operações financeiras.
Em março até dia 27, o país perdeu quase 6 bilhões de dólares, em termos líquidos, com base em números do Banco Central de fluxo de câmbio contratado. Em 12 meses, o saldo do fluxo cambial está negativo em 60 bilhões de dólares, um recorde.
O dólar à vista fechou esta sexta-feira em alta de 1,14%, a 5,3261 reais na venda, nova máxima histórica para um encerramento de sessão e muito perto do pico intradiário, de 5,3286 reais, alcançado às 16h58 & dois minutos antes do fim dos negócios.
“Particularmente, acho que não teremos grandes mudanças no curto prazo”, disse Fabrizio Velloni, chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora. “A pandemia continua em alta, o que traz um cenário de incerteza aos investidores ao redor do mundo”, acrescentou Velloni, projetando retração do 💥️PIB em torno de 1,6% neste ano.
O UBS passou a ver nesta sexta declínio de 2% na economia doméstica em 2023.
Na semana, o dólar subiu 4,30%, engatando a sétima semana consecutiva de valorização, período em que somou ganhos de 23,83%. A alta se manteve a despeito de o Banco Central ter injetado um total de 3,815 bilhões de dólares no mercado, sendo 3,315 bilhões de dólares apenas pela venda de moeda no mercado spot.
Nesta sexta, o BC vendeu quase 1 bilhão de dólares ao mercado, sendo 500 milhões de dólares via swap cambial e 455 milhões de dólares no segmento à vista.
No acumulado de 2023, o dólar dispara 32,72%.
Na 💥️B3 (💥️B3SA3), em que as operações com dólar futuro se encerram às 18h, o contrato de maior liquidez tinha alta de 1,54%, a 5,3480, às 17h36, após bater 5,3500 reais na máxima.
💥️(Atualizada às 18h04)
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