Focus: mercado financeiro prevê queda de 1,18% da economia este ano
A previsão do PIB recuou pela oitava vez consecutiva e está agora em 1,18% (Imagem: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.)
O mercado financeiro estima queda ainda maior da economia este ano, por influência da pandemia do 💥️coronavírus. A previsão de recuo do Produto Interno Bruto (💥️PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – agora é de 1,18%. Essa foi a oitava redução consecutiva. Na semana passada, o mercado previa queda de 0,48%.
A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação elaborada todas as semanas pelo 💥️Banco Central, com a projeção para os principais indicadores econômicos.
As previsões do mercado para o PIB de 2023, 2022 e 2023 continuam em 2,50%.
Já a cotação do 💥️dólar deve fechar o ano em R$ 4,50, a mesma previsão da semana passada. Para 2023, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 4,40, contra R$ 4,30 da semana passada.
Inflação
As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão de 💥️inflação de 2023. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (💥️IPCA) caiu, pela quarta vez seguida, ao passar de 2,94% para 2,72%.
Para 2023, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,57% para 3,50%. A previsão para os anos seguintes & 2022 e 2023 & não teve alterações e permanece em 3,50%.
A projeção para 2023 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo 💥️Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2023, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano.
Selic
Para o fim de 2023, a expectativa é que a taxa básica de juros, a Selic, chegue a 4,75% ao ano (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a 💥️Selic, estabelecida atualmente em 3,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (💥️Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic tenha mais uma redução e encerre 2023 em 3,25% ao ano. Na semana passada a previsão para o fim de 2023 era 3,50% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Para o fim de 2023, a expectativa é que a taxa básica chegue a 4,75% ao ano. A previsão anterior era de 5% ao ano. Para o fim de 2022, as instituições mantiveram a previsão em 6% ao ano e, para o final de 2023, a estimativa passou de 6,25% ao ano para 6% ao ano.
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